COOPERATIVISMO
Para Ocepar, guerra gera problemas logísticos e sanções
#soagro | A paz no mundo foi interrompida nesta semana com pelos estrondos causados pela queda de mísseis e ataques da Rússia contra a Ucrânia. Tentando bater a poeira por conta dos impactos econômicos gerados pela pandemia do novo coronavírus, o planeta agora se vê diante de uma guerra motivada puramente por interesses econômicos e étnicos. No meio do fogo cruzado, literalmente está o agronegócio e o mercado internacional.
Em entrevista concedida ao Portal Sou Agro, o superintendente da Ocepar (Organização das Cooperativas do Estado do Paraná), Robson Mafioletti, vê com apreensão esse conflito bélico, principalmente em relação a possíveis problemas logísticos e sanções que podem afetar todo o comércio internacional.
“Além das perdas de vidas e destruição nas cidades da Ucrânia, já podemos verificar de imediato, o aumento dos preços do barril do petróleo, commodities e queda nas bolsas e uma maior demanda em relação ao trigo”, comenta. Conforme o superintendente, este cereal [trigo] já apresentou a maior alta dos últimos nove meses. “Rússia e Ucrânia são responsáveis por 28% do comércio global de trigo. O risco é de diminuição global da oferta desse grão – por mais que o Brasil importe cerca de 50% da sua demanda de trigo e que o maior parceiro comercial seja a Argentina, poderá haver uma corrida para aumentar os estoques”. Por fim, Maffioleti encerra desejando que o diálogo se reestabeleça e o conflito termine o mais breve possível para o bem de todos, afinal, ainda temos que nos recuperar da crise causada pela pandemia”.
FRIMESA
O diretor-executivo da Frimesa, Elias Zydek, disse ao Portal Sou Agro, que atualmente, a Frimesa não tem negócios diretos com a Rússia e Ucrânia. “Entretanto, todo o conflito dessa natureza acaba envolvendo vários países, e todos têm comércio entre si, principalmente na Rússia”, comenta Zydek. Para ele, “naturalmente haverá problemas com o comércio internacional”. Mesmo não tendo negócios com os países em guerra, a Frimesa também poderá sofrer consequências de forma indireta, na ótica do diretor-executivo.
Por meio de suas assessorias, Sindiavipar e Copacol afirmaram que não pretendem comentar o assunto em questão até este momento.
(Vandré Dubielas/Sou Agro)