feijão
AGRICULTURA

Novas cultivares de feijão garantem grande potencial produtivo

feijão
Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| Duas novas cultivares de feijão são uma grande promessa de produtividade e bons resultados. A Embrapa Arroz e Feijão lançou no Sul do Brasil, as variedades BRS FC310, de feijão comum, grão carioca, e a BRS FS311, de grão especial, tipo rajado. Luciene Froes Camarano De Oliveira é analista da Embrapa e falou ao portal Sou Agro sobre as novidades nessas novas cultivares.

VEJA O VÍDEO: 

Novas cultivares de feijão garantem grande potencial produtivo

 

A nova cultivar do grupo de grãos carioca BRS FC310 é muito produtiva e vem para trazer uma nova opção aos produtores: “Esse material, ele é muito produtivo aqui no sul do Brasil, por isso que está sendo lançado aqu, tanto na primeira como na segunda safras. É um material que tem porte muito ereto, muito adequado para a colheita mecanizada direta e tem um tipo de grão que a gente chama de escurecimento lento, ele tem a oxidação, não é resistente ao escurecimento, porém, ele é tem escurecimento um pouco mais lento que as outras cultivares, então isso permite a comercialização no período mais favorável para agricultor, dentro de 3,4, 5 meses. É um material também que tem uma grande destaque na questão de tolerância bacteriosa. Então ele vem, vem para somar aí ao portfólio de opções para os agricultores”, detalha Luciene.

Já o outro lançamento BRS FS311 do grupo rajado, é semelhante agronomicamente a cultivar que a Embrapa tinha anteriormente, que é o Realce, mas com uma diferença que deve agradar os produtores: “A diferença entre esses 2 materiais, o realce e o novo é que os exportadores de feijão, eles reclamavam muito do tamanho de grãos da peneira do realce. Então veio 311, que tem uma peneira melhor, uma peneira maior que vai facilitar essa questão da exportação desse tipo de grão”, finaliza Luciene.

 

Abaixo todos os detalhes técnicos disponibilizados pela Embrapa, sobre as duas novas cultivares de feijão:

BRS FC310

Cultivar de feijoeiro-comum, com grãos do tipo carioca, que apresenta ciclo semiprecoce (75-84 dias), excelente arquitetura e resistência moderada às bacterioses importantes à cultura do feijoeiro: antracnose, crestamento bacteriano, ferrugem e murcha por curtobacterium, um diferencial entre as cultivares existentes no mercado. Os fatores agronômicos deste ativo, associados às suas características de qualidade comercial e nutricional, tornam essa cultivar uma opção aos produtores de feijão, em especial para o cultivo na safra e safrinha da Região Centro-sul do Brasil. A cultivar BRS FC310 apresenta um potencial de produtividade de 3500 kg/ha, ciclo de desenvolvimento semiprecoce (75-85 dias) e destaca-se pela moderada resistência às principais doenças que acometem a cultura, antracnose, ferrugem, crestamento-bacteriano-comum e murcha de Curtobacterium, sendo moderadamente suscetível à mancha-angular e à murcha de Fusarium, com arquitetura ereta e excelente qualidade comercial e nutricional dos grãos. É recomendada para cultivo em 19 estados brasileiros.

BRS FS311

Cultivar de feijoeiro-comum do grupo rajado com alto potencial produtivo, grãos graúdos e aspecto visual adequado ao padrão de grãos rajados. Apresenta ainda ciclo semiprecoce, moderada resistência à antracnose e ao fusarium oxysporum e arquitetura ereta, que confere possibilidade de colheita mecânica direta. Esse produto diferenciado pode ser de interesse a produtores e indústrias, nacionais e internacionais, que buscam um produto de alto valor agregado. Com base no seu desempenho, a cultivar BRS FS311 é indicada para semeadura nos estados de Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Bahia e Espírito Santo na época de cultivo das águas e inverno; e nos Estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul nas épocas de cultivo das águas e seca. A cultivar BRS FS311 apresenta potencal de produtividade de 3493 kg/ha, ciclo de desenvovimento semiprecoce (75-85 dias), tem como destaques a arquitetura ereta e a excelente qualidade comercial, com grãos maiores e aspecto visual adequado para o padrão rajado, além da resistência à antracnose e moderada resistência à murcha de Fusarium.

 

(Débora Damasceno)

 

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)