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Mesmo com dificuldades na safra, agricultores fazem doação de colheita
#souagro| A comunidade de Maracaju dos gaúchos que fica em Guaíra, Oeste paranaense, recebeu a doação de uma colheita de soja que será destinada para a igreja Nossa Senhora de Caravaggio. Mesmo com toda dificuldade e com os prejuízos deixados pela seca, a área foi colhida em uma união de agricultores. A produtividade é inferior a 2 sacos por hectare, mas a doação foi feita pelo produtor e vários agricultores colocaram as máquinas a disposição para fazer a colheita.
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Silvanir Rosset é presidente do Sindicato Rural de Guaíra e segundo ele, a comunidade Maracaju dos gaúchos, sempre foi uma comunidade participativa, mas que com a pandemia os moradores não conseguiram mais fazer os eventos que ajudavam na renda da igreja: “É uma comunidade que sempre esteve ligada a todos os os acontecimentos a nível de Brasil, sempre foi a Brasília, sempre participou de manifestações. É um povo assim que que não deixa passar em branco. E aí, com esses 2 anos, a pandemia acabou limitando os eventos e tudo. Como aqui o patrimônio da comunidade Ele tem uma estrutura e essa estrutura tá difícil de manter financeiramente.”
Foi a partir da dificuldade que surgiu a ideia da união de agricultores para ajudar a comunidade. Segundo Silvanir, foi tudo muito rápido e mesmo com a seca tendo afetado muito as lavouras da região, isso não impediu a ajuda: “Surgiu a ideia porque aqui a estiagem foi muito grande. Praticamente os produtores acabaram plantando por cima da soja, inviabilizando a colheita. Então nós acabamos nos reunindo essa semana e surgiu a ideia. Se alguém quisesse doar alguma área que não fosse colher, nós vamos lá com as nossas máquinas mesmo. Vamos colher lá e fica destinado para o patrimônio da igreja. E com isso deu certo, um agricultor sempre integrado as ações sociais, falou que se a gente quisesse colher a roça praticamente inviabiliza eu pagar uma máquina para fazer a colheita. E aí reuniu em questão de 2 horas se reuniu muitos produtores que estavam colhendo diferente acabaram, foram ajudar, eu fui lá, ajudei também.”
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Para Silvanir ações assim são gratificantes e fazem toda diferença: “É muito gratificante. Eu acho que você se doar, essas pequenas coisas fazem uma diferença muito grande. Numa união, fortalecimento da população. Fora você se sentir grato, é uma gratidão para quem faz isso, que não tem tamanho pra gente, mensurar isso daí. Não deu muito, ficou em torno de 2,6 sacas por alqueire que não chega a uma saca por hectare, mas já foi significativo pra dentro da nossa comunidade, para nossa igreja”, finaliza Silvanir.
(Débora Damasceno/Sou Agro)