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Greve na Argentina ameaça embarques de grãos

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Vandre Dubiela
Vandre Dubiela

 

#souagro | Os embarques nos portos estão ameaçados na Argentina. Inspetores de grãos da Argentina iniciaram nesta segunda-feira uma greve de 24h alegando o não atendimento das demandas apresentadas ao governo envolvendo o pagamento de bônus retroativos a 2021. A informação é do Urgara, sindicato argentino criado para atender os interesses dos inspetores de grãos.

De acordo com o secretário-geral do sindicato, Pablo Palacio, várias foram as tentativas de chegar a um acordo, porém, todas em vão. “Os protestos tendem a se espalhar pelo país caso a oferta não seja atendida. É uma situação insustentável”, disparou Palacio. O sindicato é o representante dos inspetores de grãos, responsáveis pela análise dos grãos que são armazenados nos estoques e posteriormente, transportados para os navios.

A Argentina é o país sul-americano com maior exportação mundial de óleo e farela de soja processado e o segundo maior exportador de milho do planeta. O cenário só não é mais preocupante, por enquanto, porque os portos argentinos contam com estoques para exportação. Mas se uma solução não for encontrada rapidamente, os embarques estão ameaçados para os próximos dias.

O anúncio de greve já provocou efeito imediato em um setor estratégico para as exportações.  O número de caminhões responsáveis por levar os grãos aos terminais fluviais e marítimos da Argentina reduziu. De acordo com a empresa de logística de cargas Agroentregas, 1.669 caminhões chegaram aos diferentes portos de grãos do país na segunda-feira, ante 2.201 registrados na sexta-feira. “Nos portos está tudo tranquilo, não há impacto da medida”, disse Guillermo Wade, gerente da Câmara de Atividades Portuárias e Marítimas (CAPyM). O protesto ocorre em um momento de baixas exportações agrícolas. A safra de trigo terminou em janeiro e as colheitas de soja e milho ainda vão demorar mais um tempo.

(Vandré Dubiela/Sou Agro)

 

 

 

(Vandre Dubiela/Sou Agro)