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AGRICULTURA

Como o coletor de esporos auxilia no combate a ferrugem asiática

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Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| Um estrutura simples se tornou uma grande aliada dos produtores de soja, o coletor de esporos de ferrugem asiática do IDR-PR tem mostrado resultados satisfatórios nas lavouras paranaenses. Ricielly Rosseto é engenheira agrônoma do IDR-PR e explica que esta é uma ferramenta adicional aos agricultores.

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Como o coletor de esporos auxilia no combate a ferrugem asiática

 

“O coletor de esporos, ele é uma ferramenta adicional para a gente estar fazendo um monitoramento da ferrugem asiática. A gente coloca uma lâmina de microscopia, uma fita dupla face. Como os propágulos da ferrugem asiática são disseminados pelo vento, essas estruturas passam ali por dentro do coletor e elas vão ficar aderidas nessa fita dupla face e após isso a gente faz a análise no microscópio para poder estar identificando qual é a estrutura da ferrugem asiática e a partir disso é indicar o manejo preventivo, antes mesmo que ocorra a infecção da ferrugem asiática no campo,  estar indicando o manejo com fungicidas para o produtor controlar a ferrugem”, detalha Ricielly Rosseto.

 

ESTRUTURA SIMPLES

Ricielly explica que o coletor tem uma estrutura simples e de fácil acesso aos produtores paranaenses, o que ele mais vai precisar de auxílio é com a análise do que for coletado, e isso os profissionais habilitados que são responsáveis por fazer: “O coletor é uma haste metálica, um tubo de PVC e tem um suporte para colocar uma lâmina. A dificuldade maior que o produtor terá, é quem vai estar fazendo essa análise da lâmina. Ela é uma tecnologia acessível, porém, ela depende sempre de um profissional habilitado para poder estar fazendo essa análise da estrutura do esporo que vai ficar aderido ali na lâmina, na fita dupla face para identificar qual que seria a estrutura da ferrugem asiática, então sempre vai estar atrelado a algum técnico habilitado que possa estar fazendo esse tipo de análise. Não é uma tecnologia que o produtor, pode ter e ele mesmo fazer. Já aconteceu de ter produtores que se interessaram pela tecnologia, compraram um microscópio treinaram e estão fazendo o monitoramento sozinho na lavoura deles. Mas são casos particulares, mas geralmente você vai precisar de um técnico mesmo para estar realizando essas leituras”, explica Ricielly Rosseto.

 

RESULTADOS SATISFATÓRIOS

A redução da aplicação de fungicidas diminuiu muito com o uso do coletor de esporos, isso acontece pois o uso é recomendado por meio de critérios técnicos, ou seja, é mais assertivo e demonstra resultados satisfatórios nas lavouras: “Os resultados com os nossos assistidos, os produtores que são atendidos pelo IDR-Paraná e fazem esse acompanhamento com o coletor de  esporos, com o manejo integrado de doenças completo, ao longo de 5 safras, se eles têm reduzido 36% o uso de fungicidas. São aplicações que a gente recomenda com base em critérios técnicos retirando a parte aí do calendário que são aplicações sem critérios técnicos e até mesmo aplicações desnecessárias. Então, é um uso quando realmente há necessidade de estar entrando com um produto na lavoura e isso tem um controle efetivo das doenças”, finaliza Ricielly.

 

Segundo o IDR- PR a partir da safra 2018/2019, as informações dos coletores de esporos foram agrupadas e disponibilizadas no site “Alerta Ferrugem”, que na safra 19/20 contou com aproximadamente 250 coletores, num formato de rede, permitindo aos agricultores e assistências técnicas examinar o comportamento da ferrugem-asiática no território paranaense, e auxiliar na tomada de decisão de controle químico, mesmo em locais onde não há coletores. Clique e acesse o Alerta de ferrugem asiática.

 

(Débora Damasceno/ Sou Agro)

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)