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Seca vai reduzir arrecadação de municípios, diz AMP
#souagro | Os prejuízos decorrentes de uma das mais severas estiagens das últimas décadas no Paraná vão fazer despencar em pelo menos 30% a arrecadação dos pequenos municípios paranaenses, muito dos quais têm a espinha dorsal financeira alicerçada pelo ICMS gerado pelos produtos agropecuários. O alerta é do presidente da AMP (Associação dos Municípios do Paraná) e prefeito de Jesuítas, Júnior Weiller, em entrevista concedida ao jornalista Vandré Dubiela, do Portal Sou Agro.
[caption id="attachment_16254" align="alignnone" width="300"] Júnior Weiller, presidente da AMP, cumprimenta ministra da Agricultura, Tereza Cristina, em Cascavel. Foto Vandré Dubiela[/caption]
“A região oeste é o celeiro agrícola do Paraná e um dos maiores do Brasil. Nas últimas três safras seguidas, vem sofrendo duramente os efeitos provocados pelas intempéries climáticas”, comenta Weiller. Na safra de 2020, segundo ele recorda, não choveu no momento mais importante da cultura, gerando atraso no plantio da soja e consequentemente, gerando reflexos no zoneamento do milho. “Alguns colheram razoavelmente bem, mas outros, pouco em comparação com as safras anteriores”. Na safra de inverno, a geada forte aumentou ainda mais os prejuízos ao agricultor, reduzindo para menos da metade a expectativa de colheita. “E agora, na safra de verão, as perdas são muito maiores que em 2020. Apesar da chuva na hora do plantio, na fase de pendoamento do milho, na formação de vagens, não caiu uma gota de água sequer”.
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