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Seca: prefeitura de Maripá inicia reconhecimento de situação de emergência

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Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| Os reflexos da seca atingem muitos municípios paranaenses, as perdas de produção já são consideradas bilionárias. No oeste do estado a situação está muito preocupante para agricultura. A cidade de Maripá divulgou um comunicado oficial afirmando que iniciou os procedimentos para reconhecer situação de emergência, de acordo com a assessoria, o levantamento de perdas está sendo elaborado para que o pedido do decreto seja efetivado.

“A Administração Pública do Município de Maripá informa a toda população maripaense, em especial aos produtores rurais, que já iniciou os procedimentos junto aos órgãos competentes para o reconhecimento da Situação de Emergência no Município em decorrência da prolongada estiagem. O Decreto é um documento importante que dá suporte aos produtores na renegociação de dívidas e do seguro agrícola em razão das perdas causadas pela falta de chuva. Assim que os protocolos forem cumpridos, haverá a emissão e publicação do Decreto Municipal”, diz o comunicado.

 

Situação de emergência

Lembrando que o governo do Paraná decretou situação de emergência no fim de 2021 por conta da seca no estado, o documento é válido por 180 dias: “A intensa estiagem que atinge o território paranaense desde a metade do ano de 2019, intensificada no último trimestre de 2021; Que, em decorrência do desastre, estão caracterizados danos humanos, ambientais e consequentes prejuízos econômicos públicos e privados de grande vulto, impactando diretamente a população, especialmente nas áreas rurais, com desabastecimento de água inclusive para dessedentação de animais; Que a Coordenação Estadual de Defesa Civil, relatando a ocorrência desse desastre, manifestou-se favorável.”

 

Com a publicação do documento “Fica declarada SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA em todo o território do Estado do Paraná, conforme parecer da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, em virtude do desastre classificado e codificado como  estiagem” além disso, fica autorizada a mobilização de todos os órgãos estaduais para atuarem sob a coordenação da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, nas ações de resposta ao desastre, reabilitação do cenário e reconstrução e também ficam dispensados de licitação os contratos de aquisição de bens necessários às atividades de resposta ao desastre, de prestação de serviços e de obras relacionadas com a reabilitação dos cenários dos desastres, desde que possam ser concluídas no prazo máximo de cento e oitenta dias consecutivos e ininterruptos, contados a partir da caracterização do desastre, vedada a prorrogação dos contratos.

PERDAS

De acordo com o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, as perdas para o agro são muito significativas e foram avaliadas em R$ 16,84 bilhões, vamos aos dados:

Soja: perdas de 7.957.000 t ou 37,8% da safra esperada- $14,35 bi

Milho: perdas de 1.784.000 ou 42,1% da safra esperada- $1,59 bi

Feijão: perdas de 49.654 t ou 18%- $193,7 milhões

Silagem: perdas de 2.380.000 t e $ 190, 46 milhões

Leite: redução de pelo menos 197,6 milhões de litros ou $407 milhões

Além disso, há perdas também na produção de batata, tabaco, laranja, pastagens e hortaliças.

 

(Débora Damasceno/ Sou Agro)

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)