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Seca: Cascavel investe em poços artesianos na área rural

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Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| A seca que atinge a região sul do país tem gerado muita preocupação, principalmente na agricultura. Em Cascavel no oeste paranaense, a prefeitura tem investido na perfuração de poços artesianos na área rural. A Diretora do Departamento de Assistência Técnica e Desenvolvimento Rural, Leila Marta Martins Viana explica que várias medidas estão sendo tomadas para amenizar a situação dos produtores.

VEJA O QUE DIZ LEILA:

Seca: Cascavel investe em novos poços artesianos na área rural

 

PERFURAÇÃO DE MAIS POÇOS

De acordo com Leila, até agora já foram instalados 11 poços artesianos, mas já há planejamento para novas perfurações: “Sobre a questão da crise hídrica, tanto a Secretaria de Agricultura quanto a Defesa Civil já tomaram algumas atitudes quanto a isso. A Secretaria de Agricultura já perfurou onze poços artesianos devendo perfurar mais sete, oito poços no início do ano e estamos terminando os processos licitatórios de aquisição dos materiais pra equipar esses poços.”

 

A prefeitura avalia todas as demandas  levantadas pelas comunidades rurais e deve atender aquelas com maior dificuldade de abastecimento. Segundo o secretário de agricultura, Renato Segalla, todos os poços artesianos que estão sendo perfurados é com recursos livres da Prefeitura.

ATENDIMENTO DE CASOS EMERGENCIAIS

Para atendimento em situações de emergência também há um planejamento para auxiliar os produtores rurais: ” Temos junto a Defesa Civil a aquisição de 100 cargas de água potável que será pra atender questão de emergência de alguns produtores. Caso o produtor necessite né? Dessa água potável para animal ou alguma outra situação de emergência deve procurar o Márcio que é o coordenador da Defesa Civil ou a Secretaria de Agricultura”, finaliza Leila.

O telefone da Secretaria de Agricultura de Cascavel é o (45) 3902-1725 e o da Defesa Civil é (45) 3902-1730 ou emergência 199.

 

CRISE HÍDRICA

Lembrando que o Paraná vive uma das piores crises hídricas da história, inclusive o governo do estado, decretou situação de emergência por 180 dias no fim de 2021 . O documento autoriza a mobilização de todos os órgãos estaduais para atuarem sob a coordenação da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, nas ações de resposta ao desastre, reabilitação do cenário e reconstrução e também ficam dispensados de licitação os contratos de aquisição de bens necessários às atividades de resposta ao desastre, de prestação de serviços e de obras relacionadas com a reabilitação dos cenários dos desastres, desde que possam ser concluídas no prazo máximo de cento e oitenta dias consecutivos e ininterruptos, contados a partir da caracterização do desastre, vedada a prorrogação dos contratos.

 

PERDAS NO AGRO 

De acordo com o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, até agora as perdas para o agro foram avaliadas em R$ 16,84 bilhões.

Soja: perdas de 7.957.000 t ou 37,8% da safra esperada- $14,35 bilhões

Milho: perdas de 1.784.000 ou 42,1% da safra esperada- $1,59 bilhão

Feijão: perdas de 49.654 t ou 18%- $193,7 milhões

Silagem: perdas de 2.380.000 t e $ 190, 46 milhões

Leite: redução de pelo menos 197,6 milhões de litros ou $407 milhões

Além disso, há perdas também na produção de batata, tabaco, laranja, pastagens e hortaliças.

 

(Débora Damasceno/ Sou Agro – Fotos: Prefeitura de Cascavel)

(Débora Damasceno/Sou Agro)