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Parques do Paraná começam a receber abelhas nativas

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Débora Damasceno
Débora Damasceno

O Paraná lançou o programa para a instalação de colmeias de abelhas nativas sem ferrão nos parques urbanos do Estado. A ação faz parte do Poliniza Paraná, desenvolvido pela Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), que tem como objetivo espalhar para 398 municípios os Jardins de Mel idealizados pela Prefeitura de Curitiba. O foco principal é mostrar a importância e os benefícios dos serviços ecossistêmicos prestados pelos insetos divulgando a implantação de colmeias como ferramenta de educação ambiental, além de levar polinizadores nativos para locais de origem, pois muitos se encontram ameaçados de extinção.

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Parques do Paraná começam a receber colmeias de abelhas nativas

 

Esse projeto foi criado depois que uma estudante de São João, na região Sudoeste do Estado, fez um apelo para que o cuidado com as abelhas fosse ampliado: “A ideia é pegar o que foi implantado na Capital e espalhar para todas as cidades do Paraná, inclusive colocando as crianças para participarem disso, porque elas já crescem com a consciência de cuidado do meio ambiente. A abelha tem uma função muito importante na natureza. Como um peixe não sobrevive num rio poluído, a abelha também não sobrevive num ar poluído, então onde tem abelha, tem saúde, qualidade de vida e do ar. É um termômetro para medir o ambiente que estamos vivendo”, disse o governador Ratinho Junior.

Chapéu Pensador, em Curitiba recebeu as primeiras colmeias que foram implantadas como um piloto. Futuramente todos as áreas do projeto Parques Urbanos também recebem as abelhas. Até o momento, são 17 municípios com convênios de Parques Urbanos e Poliniza assinados.

 

Cada cidade vai receber capacitações para fazer a manutenção das casinhas das abelhas e saber trabalhar a educação ambiental com os insetos, além disso os municípios terão que pensar em um espaço para receber o Poliniza Paraná, segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Sustentável e Turismo, Márcio Nunes. “Fora a polinização, tem o aspecto turístico, que pode ser muito explorado nas propriedades através desses jardins. O Paraná hoje está com mais de 100 parques urbanos em construção e nesses parques é obrigatório a implantação dos jardins de mel”, afirmou. “Tenho certeza que a partir do momento que o município conhece o projeto, acredito que isso vai gerar um apego. E é esse apego que nós queremos transmitir para as futuras gerações”.

O projeto terá investimento inicial de cerca de R$ 7 mil, com recursos da Sedest, para a instalação das caixas, placas e colmeia. Pela cooperação, a prefeitura ficará responsável pela manutenção, por meio de limpeza e conservação das caixas.

 

IMPORTÂNCIA 

A reintrodução de abelhas nativas nos espaços é importante porque a polinização é o processo que garante a produção de frutos e sementes, além da reprodução de diversas plantas. Por isso, as abelhas se destacam na manutenção e promoção da biodiversidade. Além disso, as abelhas auxiliam na produção de cerca de 90% dos alimentos no mundo e são de extrema importância para agricultura mundial, pois são responsáveis por polinizar cerca de 70% das plantas agrícolas.

Das 420 espécies de abelhas sem ferrão do mundo, 300 vivem no Brasil, e aproximadamente 38 no Paraná. Cerca de 100 espécies de meliponíneos que ocorrem no Brasil se encontram em risco de extinção, e isso se deve ao desmatamento, à poluição e às mudanças climáticas. O Poliniza Paraná também é um dos meios de se alcançar as metas definidas nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU).

 

(Débora Damasceno/ Sou Agro com AEN – Imagens: Governo do Paraná)

(Débora Damasceno/Sou Agro)