AGRICULTURA
Novas práticas podem proteger lavouras de efeitos climáticos
Novas práticas agrícolas: do excesso de chuvas à maior estiagem dos últimos anos. Os agricultores do Brasil estão enfrentando muitas dificuldades relacionadas ao clima neste começo de ano. Tais dificuldades têm gerado enormes prejuízos e podem comprometer a safra 2021/2022.
Em muitas regiões do Brasil, como nos estados de Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso e Goiás, é o excesso de chuvas que vêm assolando tanto as áreas urbanas quanto as áreas agrícolas que estão causando preocupação devido aos prejuízos que podem causar.
Em Minas, por exemplo, cerca de 127 mil produtores rurais sofreram algum tipo de dano em suas lavouras e propriedades em decorrência das chuvas. É o que aponta um levantamento da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG).
O documento mostra que essa situação foi relatada em 416 municípios mineiros, quase 50% do total de cidades do estado. As perdas afetaram principalmente a 1ª safra do feijão, com 42,2% da área a ser colhida sendo atingida.
Já no outro extremo estão as regiões afetadas pela estiagem. É o caso dos estados do Sul do Brasil, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Só no Paraná, os prejuízos podem chegar a R$ 25,6 bilhões na safra de grãos, de acordo com um relatório Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (SEAB).
Na cultura da soja, que deve sofrer mais perdas, é estimado que sejam colhidas 12,8 milhões de toneladas, mais de 8 milhões a menos do que o esperado, o que gera um prejuízo de R$ 23 bilhões.
Para o engenheiro agrônomo Giuliano Acosta Alves, consultor da Verde Agritech, “em épocas que a produção é afetada seja pelo excesso ou pela falta de chuvas, o produtor tem que buscar melhores formas de se preparar para essas adversidades”. Novas práticas e pesquisas agrícolas vêm sendo desenvolvidas para evitar que fenômenos como esses causem baixas na produtividade.
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