ESPECIAIS
Fiscalização do desmatamento é intensa no oeste paranaense
#souagro| O trabalho da Polícia Ambiental tem sido intenso nos último dias. As equipes tem recebido muitas denúncias sobre áreas de desmatamento e consequentemente muitos flagrantes são feitos. O portal Sou Agro entrou em contato com essas equipes, o 1° Tenente QOPM João Vitor Arnas de Miranda, que é subcomandante da 5ª Cia BPAmb FV, falou a nossa equipe o motivo da região oeste e sudoeste ter tantos casos de desmatamento.
“Na região oeste e sudoeste temos uma uma frequência maior de desmatamentos nas regiões de Cascavel, Francisco Beltrão e Pato Branco que são locais ainda que ainda existem remanescentes de florestas pertencentes ao bioma mata atlântica com significativa extensão. Então infelizmente são recorrentes e através de desmatamentos ilegais os proprietários das áreas cometem esses crimes ambientais que são apurados e tem a sua devida responsabilização graças ao atendimento da Polícia Ambiental”, explica o tenente.
- Polícia flagra áreas de desmatamento e aplica quase R$1 milhão em multas
- Desmatamento ilegal é flagrado pela Polícia Ambiental
O tráfico de animais não é muito comum em nossa região, os casos são bem raros, mas tem outras duas situações que acontecem muito na região, segundo a Polícia ambiental, é a caça e a extração ilegal de palmito no Parque Nacional do Iguaçu: “Todo mundo já tem conhecimento de que o Parque Nacional do Iguaçu é um local onde existe uma biodiversidade extremamente bem preservada e em decorrência disso esses infratores utilizam de subterfúgios pra praticar a caça de animais silvestres, muitas vezes por esporte, outras vezes pra fazer a venda da carne desses animais. Também a extração ilegal de palmito, recentemente tivemos várias apreensões na região, então a Polícia Ambiental tem feito um trabalho 24 horas por dia, para rastrear e localizar esses indivíduos”, explica o tenente.
O tenente ainda ressalta sobre a importância de prender os envolvidos para evitar esses crimes: “Estando em flagrante e delito, certamente a Polícia realizará a prisão desses cidadãos que ainda insistem em cometer esse tipo de crime ambiental e para que que possamos preservar ainda mais nesse ambiente e manter a preservação desse ambiente que é o Parque Nacional do Iguaçu, que é um patrimônio que pertence a todos os moradores da região oeste do Paraná e que é obrigação que a gente mantenha a preservação.”
- Confira a evolução do Valor Bruto da Produção do PR
- Novo método identifica fatores que limitam produtividade
IMPORTANTE DENUNCIAR
As denúncias são fundamentais para atuação das equipes. De acordo com o tenente a identidade do denunciante é totalmente preservada: “A polícia ambiental atua principalmente no atendimento das denúncias 181 feitas por cidadãos que presenciam crimes ambientais ou tomam conhecimento deles. As denúncias 181 podem ser feitas tanto por ligações telefônicas quanto por acessos através da internet, lá o cidadão que presenciou o crime ambiental pode fazer o registro de forma totalmente anônima com os dados da pessoa que cometeu o crime, os dados da localização, coordenadas geográficas e a conduta que o infrator tomou. Essas informações chegam a Polícia Ambiental através do sistema, então as equipes vão aos locais de crimes ambientais pra fazer o atendimento e a devida responsabilização dos infratores. Essas denúncias são feitas de maneira totalmente anônima, o cidadão ele tem a sua integridade resguardada”, finaliza o tenente.
Para se ter uma ideia o balanço do ano passado divulgado há poucos dias demonstra o trabalho intenso da Polícia Ambiental, para combater os crimes que envolvem a fauna e flora em todo Paraná.
- Desmatamento a tráfico de animais: Polícia Ambiental atendeu mais de 14 mil ocorrências
- Batata tem queda nos preços e cebola está mais cara
Resultados 2021:
– 14.319 ocorrências atendidas;
– 208 armas de fogo apreendidas;
– 101.431 pessoas abordadas;
– 1.436 pessoas presas;
– 3.489 autos de infração confeccionados;
– 3.928 hectares de desmatamentos autuados;
– 72.854 kg de carvão apreendidos;
– 7.503 metros cúbicos de madeira apreendidas;
– 67.617 metros de rede de pesca apreendidas;
– 4.445 aves resgatadas de crimes ambientais;
– R$ 60.267.534,00 de autos de infração aplicados.
(Débora Damasceno/ Sou Agro)