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Calor mata 400 mil galinhas no Uruguai

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Débora Damasceno
Débora Damasceno
#souagro| A onda de calor que atingiu o Uruguai matou cerca de 400 mil galinhas poedeiras, a informação foi confirmada pela Associação dos Produtores de Aves (APAS). As mortes foram registradas em um período de três dias em que as temperaturas chegaram a atingir até 43°C. Especialistas dizem que o excesso de calor faz com que as galinhas não consigam respirar causando as mortes. A temperatura letal para uma galinha adulta é de cerca de 47°C.   “É a primeira vez que algo assim acontece. Estou no setor há 43 anos e nunca vivi esse tipo de situação” disse o presidente da APAS, Joaquín Fernández. O Ministério da Pecuária, Agricultura e Pescas do Uruguai incluiu a avicultura na declaração de Emergência Agrícola, após a morte das galinhas devido à onda de calor. Com isso, os produtores afetados poderão contar com ajuda financeira.   PREJUÍZOS A estimativa é de que a morte das milhares de galinhas, represente um prejuízo de mais de US$ 1 milhão ao país, é que a quantidade perdida corresponde em 12% de toda produção nacional. Mesmo com todas as mortes de aves, o setor garante que não haverá desabastecimento de ovos no mercado nem aumento elevado no preços: “A produção estava superdimensionada e agora está se estabilizando. Com essa mortalidade estaremos produzindo nos níveis que o consumo exige. De forma alguma o mercado vai ficar sem oferta e os preços não vão subir muito”, disse o presidente da APAS.   Por outro lado, o Diretor Nacional da Fazenda (MGAP), Nicolás Chiesa, disse que a situação está sendo monitorada com visitas às propriedades e pedidos de informação aos sindicatos que reúnem os avicultores uruguaios. FRANGO DE CORTE A Câmara Uruguaia de Produtores de Aves (Cupra) também realiza um levantamento da mortalidade dos frangos nos galpões, mesmo com uso de tecnologia para baixar as temperaturas, é preciso fazer um monitoramento. O presidente da Cupra, Domingo Estéves, afirma que as perdas no setor não foram tão altas: "Não foi tão grande quanto poderia ser, não haverá necessidade de importar frangos do Brasil. Como foi anunciada a onda de calor, muitas empresas realizaram trabalhos e mantiveram sua produção em câmaras frigoríficas”, explica Domingo. A passagem da onda de calor deixou muitos prejuízos, mas agora o Uruguai enfrenta fortes tempestades, que vem causando destruição. Com os temporais, ruas ficaram alagadas, carros ficaram embaixo d'água e contêineres foram carregados pela enxurrada.   (Débora Damasceno, Sou Agro com Agências )  

(Débora Damasceno/Sou Agro)