AGRICULTURA
Farelo de soja: com mais demanda que oferta, preços sobem
Os consumidores de farelo de soja, especialmente para a produção de ração animal, voltaram a demandar novos volumes para repor estoques antes das férias coletivas. Entretanto, as indústrias se retraíram nas vendas, indicando estarem com dificuldade nas aquisições da soja em grão e tendo a necessidade de repassar o aumento do custo, cenário que dificulta o abastecimento.
Além disso, vendedores sinalizam otimismo para as vendas no primeiro trimestre de 2022, período em que o volume processado é normalmente menor. No spot nacional, o preço médio do farelo de soja dentre as regiões pesquisadas pelo Cepea registrou alta de 0,9% entre novembro e a parcial de dezembro (até o dia 15).
- Demanda de frutas e hortaliças é limitada em 2021
- Produção de grãos: saiba como estão os custos do setor
Em 2021 (até 15 de dezembro), os valores estiveram 30,2% maiores que os de 2020, em termos nominais. Vale ressaltar que a demanda doméstica esteve aquecida no decorrer deste ano, e a reação dos preços só não foi mais intensa devido à também firme procura por óleo de soja, o que incentiva o aumento no processamento e gera maior excedente de farelo.
Além disso, neste ano, a demanda internacional por farelo de soja foi a menor desde 2017, somando 15,5 milhões de toneladas escoadas, segundo a Secex.
- Análise dos cadastros rurais avança no Brasil
- Erva-mate: produção do PR pode ter reconhecimento internacional
Para 2022, a firme demanda por óleo segue desafiando as indústrias nas comercializações de farelo. O lado bom é que o consumo doméstico de farelo de soja deve ser recorde, projetado em 20 milhões de toneladas pelo USDA.
(FONTE: Cepea)