COOPERATIVISMO
C.Vale mantém investimentos, apesar de quebras por seca
A seca que castiga lavouras de soja e milho do Rio Grande do Sul ao Mato Grosso do Sul vai fazer com que a C.Vale aumente a cautela com os investimentos. O presidente da cooperativa, Alfredo Lang, disse que a velocidade dos investimentos pode ser reduzida dependendo do impacto da seca sobre a produção de grãos. “Vamos manter nosso norte, a industrialização, mas não vamos dar o passo maior do que a perna”, assegurou.
A C.Vale deu início, em abril, à terraplanagem da área onde será construída a esmagadora de soja, em Palotina. A indústria, orçada em mais de R$ 600 milhões, deverá ficar pronta no segundo semestre de 2023. A cooperativa também vai construir uma unidade produtora de leitões, em Palotina, visando o fornecimento a integrados que entregarão animais ao novo frigorífico que a Frimesa está construindo em Assis Chateaubriand, também no oeste do estado.
Ao falar para 300 lideranças e familiares, na Asfuca de Palotina, no dia 15 dezembro, Lang revelou que, naquele dia, o faturamento da C.Vale estava em R$ 16 bilhões. Ele fez um balanço do desempenho da cooperativa em 2021 dizendo que foi um ano difícil devido à pandemia, mas citou avanços como a incorporação da cooperativa Cooatol, de Toledo (PR), a compra de uma unidade de recebimento de gãos em Nova Mutum (MT) e o arrendamento de três unidades em Mato Grosso do Sul.
Na área de carnes, a C.Vale, através da empresa Plusval, arrendou o frigorífico Diplomata, de Capanema (PR), com capacidade de abate de 143 mil frangos/dia. Em Umuarama, a Plusval opera um frigorífico que abate 140 mil aves/dia e que deverá ampliar o processamento para 150 mil frangos/dia até maio de 2022. A indústria emprega 1.450 trabalhadores.
(C.Vale)