AGRICULTURA
Água sólida é alternativa contra seca nas lavouras
#souagro | Estamos vivendo uma das mais severas secas dos últimos anos. Mais uma vez, toda a dedicação, investimento e tempo estão escapando por entre os dedos do agricultor. Em alguns municípios do Paraná, por exemplo, a última chuva robusta ocorreu no fim de outubro. O milho e a soja sentem os reflexos dessa dura estiagem. E não é só o Brasil que tem sofrido com a escassez hídrica.
O México também aponta sérios problemas com a seca. Diante desse quadro cada vez mais prejudicial à agricultura ano após anos, pesquisadores desenvolveram a água sólida, um polímero superabsorvente desenvolvido especialmente para a agricultura. Os cristais desse polímero capturam até 250 vezes seu peso em água e o retêm na forma de um gel, que é colocado ao redor das raízes das plantas de qualquer cultura criando uma reserva de água subterrânea que pode durar muito tempo.
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O diretor de Marketing e Operações de Água Sólida, Amiklar Mendizábal, faz uma comparação para uma melhor compreensão da invenção: imagine um copo ou garrafa que se enche aos poucos com água de chuva ou irrigação, reserve a água de 30 a 45 dias no máximo e a libere lentamente para atingir “umidade estável” no solo. Conforme a necessidade da planta, a água sólida faz a liberação dessa umidade na medida certa e necessária na região da raiz. Trata-se de um produto biodegradável e atóxico.
Há duas versões do polímero: para o milho, com uma dose adequada de pó e água sólida, despejada na moega do trator agrícola, na semeadora de precisão e para árvores frutíferas. Além de permitir um melhor aproveitamento da água, essa água sólida faz com que a germinação acelere em até 30%, os caules são mais largos e as folhas mais robustas.
(Vandré Dubiela/Sou Agro, com agências)