ESPECIAIS
Agronegócio tem maior geração de empregos desde 2015
A população ocupada no agronegócio somou 18,9 milhões de pessoas no terceiro trimestre de 2021, forte avanço de 10% (ou de 1,756 milhão de pessoas) frente ao mesmo trimestre do ano anterior e 3,6% (o equivalente a 653 mil pessoas) a mais que no segundo trimestre de 2021, segundo pesquisas realizadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, a partir de informações dos microdados da PNAD-Contínua e de dados da RAIS.
Trata-se, também, do maior número de pessoas atuando no setor em um terceiro trimestre desde 2015, quando a população ocupada no agronegócio foi de 19,08 milhões. Segundo pesquisadores do Cepea, este resultado demonstra uma recuperação dos postos de trabalho prejudicados pela pandemia e seus desdobramentos. Além disso, o avanço no terceiro trimestre evidencia a conjuntura favorável ao agronegócio no período, com impacto potencial na geração de empregos.
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Pesquisadores do Cepea indicam que todos os segmentos do agronegócio apresentaram crescimentos na população ocupada entre o segundo e o terceiro trimestres de 2021, com destaque para a agroindústria (com avanço de 6,57% ou mais de 243 mil pessoas). Na comparação entre os terceiros trimestres (2021 e 2020), em termos relativos, os avanços da população ocupada do agronegócio e de seus segmentos foram ainda mais significativos, sobretudo para a agropecuária (com crescimento de 9,47%, ou mais de 763 mil pessoas).
PARTICIPAÇÃO DO AGRONEGÓCIO NO BRASIL
Diante do crescimento observado no terceiro trimestre de 2021, a participação do agronegócio no mercado de trabalho brasileiro foi de 20,33% no período, contra 20,41% no trimestre anterior e 20,55% de julho a setembro de 2020, ainda conforme cálculos do Cepea.
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PERFIL DO TRABALHADOR
Pesquisadores do Cepea ressaltam os fortes aumentos da população ocupada no agronegócio das categorias de trabalhadores por conta própria entre os terceiros trimestres de 2020 e de 2021, de expressivos 15,07% (ou de 831,2 mil pessoas), e de empregados sem carteira assinada, de 17,9% (ou de 502,99 mil pessoas). Essas informações sugerem que, em alguma medida, parte importante do crescimento recente na PO esteja sendo conduzido por novos postos de trabalhos informais (que também foram os principais postos perdidos durante 2020).
(FONTE: Cepea)