PECUÁRIA
Preço do milho não aumenta poder aquisitivo do frango
Os resultados, ainda preliminares, indicam que o milho deve encerrar o mês de novembro com um valor médio somente 6% superior ao de um ano atrás e com uma redução em torno de 6,5% sobre o mês anterior. Deve ser, também, a terceira menor cotação de 2021, ficando acima apenas (mas por margem mínima) dos preços registrados em janeiro e fevereiro.
Tal desempenho, à primeira vista, aumenta o poder aquisitivo do frango vivo, já que seu preço médio nos últimos 12 meses experimenta variação próxima de 20%, contra apenas 6% de aumento no preço do milho.
Realmente, neste mês, o frango vivo se encontra com um poder de compra em relação ao milho cerca de 12% superior ao de um ano atrás. Mas em comparação ao mês anterior, outubro, o poder de compra voltou a sofrer declínio mensal, pois a redução de preço da ave viva vem sendo bem maior que a do milho, devendo ficar próxima dos 10%.
Tem mais, porém: a capacidade anual de compra aumentou porque em novembro de 2020 o poder de compra do frango esteve entre os mais baixos da história. E isto não muda a constatação de que, transcorridos 11 dos 12 meses de 2021, o frango continua, na média do corrente exercício, com o menor poder de compra dos últimos 10 anos.
Detalhando, na média de 2020, a venda de uma tonelada de frango vivo possibilitou a aquisição de 3,616 toneladas de milho, então o menor volume em nove anos. Mas esse “recorde” vem sendo quebrado em 2021, ano que – independentemente dos resultados de dezembro – ficará marcado como o de mais baixo poder aquisitivo do milho de toda a história da moderna avicultura, pois o poder de compra se resume a 3,330 toneladas, 8% a menos que no ano passado.
Considerada a média registrada entre 2012 e 2019 (período em que o mundo passou por forte crise econômica e o Brasil enfrentou uma quebra de safra do grão), a relação entre frango vivo foi de 1:4,660. Nos dois últimos anos (isto é, de janeiro de 2020 até agora) se encontra em 1:3,479 – o que significa que o frango perdeu um quarto (25,34%) de seu poder aquisitivo.
(FONTE: Avisite)