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AGRICULTURA

Nas alturas: qual a tendência para os preços das frutas?

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Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| Para o consumidor a notícia não é nada agradável: o preço das frutas que já está nas alturas, pode ficar ainda mais alto em novembro.

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Nas alturas: qual a tendência para os preços das frutas?

O último Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 1,20%, divulgado em 26 de outubro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é a maior variação para o mês desde 1995, e a maior variação mensal desde 2016. Para se ter uma ideia em 2020 a taxa foi de 0,94%.

Esse resultado impacta diretamente em várias áreas de serviços e produtos ofertados ao consumidor, como: energia elétrica, transporte, combustível e alimentação. Nesse relatório as frutas ficaram em destaque negativo em relação ao aumento de valores. Os preços das frutas subiram 6,41% e contribuíram com 0,06 ponto percentual de impacto.

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O destaque ficou para o tomate que aumentou 23,15%, a explicação para isso é a menor oferta com a diminuição da colheita da safra de inverno, ou seja: muita demanda e pouco produto, resulta em preços mais altos no mercado.

A banana, mamão, laranja e maçã também tiveram aumentos significativos. As condições climáticas e a alta dos insumos para a produção, são fatores que interferem diretamente nesses valores.

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Trazendo para região oeste do Paraná, o analista de mercado da Ceasa (Central Estadual de Abastecimento) de Cascavel, Olivar da Rocha diz que o aumento de preços das frutas é comum nesta época do ano: “Saímos do inverno, entra na primavera e como em outubro tivemos altas temperaturas, é normal ter mais consumo de frutas. Como a oferta é menor que a procura existe a tendência do aumento no preço. Eu falo isso do abacaxi, da laranja, mamão e até a maçã nacional que teve reajuste no valor, então em relação a setembro esse aumento foi em média de 15 a 20%.”

 

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Para o mês de novembro a expectativa é de que esses preços altos continuem como estão, mas novos aumentos não são descartados: “A tendência é manter os preços, isso se não houver nenhum contratempo no clima, como o consumo deve aumentar ainda mais visto que as altas temperaturas continuam, tudo vai depender da oferta e produto. Se o produto tiver a oferta normalizada, a tendência é manter o preço normalizado no patamar de outubro.” Explica Olivar.

Em relação ao tomate, produto de muito consumo, Olivar fala que o tempo foi um grande fator que influenciou o aumento significativo: “O tomate já vinha com preço alto desde o inverno, foram duas geadas em julho, depois veio a seca e isso afetou a produção em São Paulo, que é um grande produtor de tomate a nível de Brasil, além disso, por conta da seca, alguns produtores deixaram de fazer a segunda colheita isso reduziu muito a oferta no mercado. ”

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Tomate é destaque negativo na alta de preço

Com pouco produto no mercado, a busca precisou ser feita em outros estados, o que encareceu ainda mais o tomate: “Nós da Ceasa de Cascavel, tivemos que buscar o tomate em Goiás e Minas Gerais, isso fez com que o preço aumentasse bastante. Para se ter uma ideia o valor em relação ao ano passado subiu mais de 100%, e o mês de outubro comparado a setembro, esse aumento foi de mais de 30%.

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Para o mês de novembro a expectativa é que esse aumento seja minimizado, mas o preço não deve diminuir muito para o consumidor, como explica Olivar: “No começo dessa semana iniciou uma safra pequena do Paraná, na região de Braganey e Reserva que deve durar de 40 a 50 dias, a tendência é minimizar essa falta de tomate no mercado, mas acredito que não vá baixar muito o preço para o consumidor, pois a demanda de consumo é grande no fim do ano. ”

 

Débora Damasceno/ Sou Agro

(Débora Damasceno/Sou Agro)