Reservatório de Itaipu
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Saiba como estão os níveis dos reservatórios das hidrelétricas

Reservatório de Itaipu
Vandre Dubiela
Vandre Dubiela

 

#souagro | Estamos bem próximos novamente de enfrentar mais um momento delicado por conta da estiagem. Entre os vários reflexos provocados por esse fenômeno, um deles é a baixa dos reservatórios de hidrelétricas existentes nas regiões oeste e sudoeste, como a de Itaipu, em Foz do Iguaçu, a de Salto Caxias, na divisa de Capitão Leônidas Marques com Nova Prata do Iguaçu e Baixo Iguaçu, no Sudoeste.

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O Portal Sou Agro manteve contato com as assessorias de imprensa da Itaipu e da Copel para entender melhor se a estiagem e surgimento de chuvas nos últimos dias, influenciaram os níveis destes reservatórios.

Em nota, a Itaipu Binacional informou que o nível do seu reservatório está dentro da faixa operativa normal. A produção de Itaipu é dimensionada para atender totalmente às demandas solicitadas por Brasil e Paraguai, limitada à disponibilidade hídrica.

Ainda de acordo com a assessoria de imprensa de Itaipu, além de atender aos requisitos de demanda dos países, a Itaipu também participa da estratégia de uso da água executada pelo ONS (Operador Nacional do Sistema) e pela ANDE (Administración Nacional de Eletricidad, no Brasil e Paraguai, respectivamente. “Essa estragégia, particularmente em 2021, tem influência da crise hídrica e suas ações mitigatórias”, diz a nota.

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Nesse contexto, a Itaipu informa que está otimizando a sua produção, procurando gerar o máximo com o menor consumo de água. O resultado são os constantes recordes de produtividade (relação entre a quantidade de água que passa pelas unidades geradoras e a energia gerada) alcançados em 2021.

Ainda de acordo com a binacional, vem sendo mantida a disponibilidade de potência para poder ajudar os sistemas interligados nacionais do Brasil e do Paraguai em casos de picos de consumo pontuais.

 

Salto Caxias e Baixo Iguaçu

Por sua vez, a Copel (Companhia Paranaense de Energia), enviou nota por intermédio da assessoria de imprensa, informando que as chuvas ocorridas no mês de outubro nos reservatórios de acumulação localizados na bacia do rio Iguaçu, aliadas à política de operação do ONS, contribuíram para elevação das vazões e aumento dos volumes de água armazenados.

As usinas que estão mais no final da cascata, como Salto Caxias e Baixo Iguaçu, os reservatórios não são de acumulação. Elas operam a fio d’água, então o armazenamento ali não é representativo para avaliar uma mudança de condição da bacia.

Levantamento aponta diminuição das chuvas na Bacia do Paraná

Na Usina Governador Bento Munhoz da Rocha Netto, em Foz do Areia, o armazenamento aumentou de 8,43%, no dia 1º de outubro, para 35,56%, no dia 21. A vazão afluente (que chega ao reservatório) esteve acima de 1000 m³/s ao longo da última semana, no entanto, a média do mês (até o dia 21) está em 799 m³/s quando o esperado para outubro é 936 m³/s.

Em Salto Santiago (Usina que pertence à Engie), o armazenamento aumentou de 19% no dia 02/10 para 26% no dia 21. Na Usina Santa Clara, reservatório de acumulação localizado no rio Jordão, o armazenamento elevou de 45%, no dia 01/10, para 79% no dia 21.

(Vandré Dubiela/Sou Agro, com imprensa da Itaipu e Copel)

 

Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu

 

(Vandre Dubiela/Sou Agro)