Feijão no Paraná
AGRICULTURA

Paranaense vai começar 2022 sem feijão no prato

Feijão no Paraná
Vandre Dubiela
Vandre Dubiela

 

#souagro | Os preços atrativos tanto da soja como do milho levaram o produtor de feijão a migrar para estas atividades. Esse cenário provocou uma redução da área plantada no Paraná em comparação com outras safras. O reflexo deste novo comportamento no campo será sentido mais intensamente e partir de 2022, com o iminente risco de desabastecimento. Quem faz o alerta é o produtor de feijão há mais de três décadas, engenheiro agrônomo Airton Cittolin.

Essa preocupação inclusive é manifestada pelo Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses), que já começa a tabular estratégias para minimizar esse impacto na mesa do consumidor. Essa realidade de desabastecimento afetará também outros estados brasileiros.

O mercado atravessa um momento de incertezas, conforme o produtor e engenheiro agrônomo Airton Cittolin. Para quem ainda apostar na cultura do feijão, outra curiosidade. O feijão carioca, até então soberano nas lavouras do Paraná e em outros estados, começa a perder espaço para o feião preto. “O feijão carioca apresenta uma variação grande de preços e também pelo fato de com o passar o tempo, perder a cor. Isso tem provocado um interesse maior do produtor pelo feijão preto, caracterizado por uma maior estabilidade nos preços”, informa Cittolin. Além do oeste paranaense, o sudoeste também optou pelas culturas mais rentáveis, deixando, por enquanto, o feijão de lado. “A maioria plantou áreas pequenas para produzir sementes para a segunda safra no início do próximo ano”.

 

 

Chuva em boa hora

As chuvas registradas nos últimos dias, algo em torno de 200 milímetros, foram benéficas para o feijão no campo, de acordo com Airton Cittolin. “Ainda restam 30% para serem plantados e acredito que, se o tempo colaborar, chegará à sua totalidade nos próximos dias”, contabiliza. A cultura plantada encontra-se na fase do desenvolvimento vegetativo. A expectativa de qualidade é boa, mesmo apesar da pouca área explorada.

(Vandré Dubiela/Sou Agro)

 

(Vandre Dubiela/Sou Agro)