Milho exportado Paraná
AGRICULTURA

Incomum: trigo é exportado e milho importado no Paraná

Milho exportado Paraná
Vandre Dubiela
Vandre Dubiela

 

Incomum: duas operações em andamento quinta-feira (28) no Corredor de Exportação Leste do Porto de Paranaguá (Corex) são fora do comum e chamam a atenção por fugirem da rotina do complexo portuário e garantem a ocupação plena da estrutura. A vocação do Corex é exportação de granéis sólidos como milho, soja em grão e farelo de soja.

Uma das operações fora do comum nesta semana é o embarque de trigo, produto que normalmente é importado. A outra operação é diferenciada também pelo sentido da carga: o milho, produto que normalmente é exportado, desta vez está sendo importado, desembarcado no Porto. Outra chama a atenção pela produtividade: 11 mil toneladas foram descarregadas em 24 horas.

O Corredor de Exportação conecta 11 terminais, por vias aéreas (por correias transportadoras) a três berços exclusivos, para exportação de granéis sólidos. “O foco da Portos do Paraná é atender não apenas o mercado e a demanda, mas também a capacidade dos terminais e operadores portuários”, explica o diretor de Operações em exercício da Portos do Paraná, André Pioli. “Quando temos disponibilidade desses três berços, para mantermos a ocupação, produtividade e a performance do Porto, puxamos outras operações”, explica Pioli.

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O produto que geralmente, nos portos do Paraná, é importado, está saindo no sentido contrário. No berço 213 do Corex a Coamo está embarcando 20 mil toneladas de trigo panificável paranaense no navio Kian. O produto, armazenado no Terminal Portuário da Cimbessul, será enviado a um moinho em Fortaleza (CE), por cabotagem.

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“Os moinhos do Nordeste do Brasil têm que trazer de fora todo o trigo de que necessitam. Há cerca de seis anos eles puderam conhecer o trigo paranaense, aprovaram a qualidade e sempre avaliam a viabilidade de adquirir um certo volume”, explica Luciano Mendes, responsável pelas exportações do terminal da Coamo, no Porto de Paranaguá.

Essa demanda, segundo o profissional, geralmente ocorre após a colheita, quando há maior oferta. “Desde então, todo ano há, pelo menos, um navio para o Nordeste. A cabotagem é a melhor alternativa, pois via rodoviária é mais oneroso”, afirma Mendes.

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Nesse período o embarque de trigo pelo Corredor Leste também fica viável pois o porto está menos demandado com embarque da soja, como afirmam os operadores do complexo. Sendo assim, no berço 214, a Centro Sul aproveita para descarregar uma carga de milho de importação.

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São 29.050 toneladas vindas do porto argentino de San Lorenzo, nos porões do navio Flora K. “A importação de milho não é novidade. Neste ano, até o momento, já recebemos quase 307 mil toneladas no Porto de Paranaguá”, comenta o diretor da Portos do Paraná, André Pioli.

 

Fonte: AEN

 

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

 

(Vandre Dubiela/Sou Agro)