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TECNOLOGIA

Grãos entram na era da rastreabilidade

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Vandre Dubiela
Vandre Dubiela

 

#souagro | Quando o assunto é cadeia de proteína animal, o Paraná é uma sumidade em todo o mundo. Muito desse status e atribuído aos rigorosos protocolos sanitários adotados pelo Estado e também por uma metodologia responsável por garantir mais segurança ao consumidor para ingerir os produtos. Trata-se da rastreabilidade. Avanços nessa área começam a ficar mais evidentes, agora, com o viés voltado para os grãos.

Pensando nisso, a Yara Fertilizantes lançou o Hackatagro, um desafio para conectar empresas brasileiras e startups. A proposta é criar uma plataforma eficiente e versátil para garantir a rastreabilidade também no mercado de grãos, a começar pela soja. A ideia é buscar soluções de rastreabilidade do caminho da soja – do campo até a indústria -, com o objetivo de desenvolver soluções para melhorar a elegibilidade do biodiesel no RenovaBio, gerando valor para todos os elos da cadeia.

O movimento de inovação aberta é o caminho, de acordo com o Michel Costa, da exoHUB, que concedeu entrevista direto de Porto Alegre para o Portal Sou Agro.  A partir de hoje até domingo, perto de 100 empresas de tecnologia e startups foram desafiadas a criar um produto dedicado a promover a rastreabilidade dos grãos. A equipe selecionada terá 90 dias para desenvolver a plafatorma de rastreabilidade de grãos.

Já há quatro empresas com experiência em rastreabilidade de hortifrutigranjeiros dedicada a dar vazão a mais este novo projeto. “Essa é a única forma de rastrear a produção agrícola e com isso, realizar a compensação dos créditos de carbono, cumprindo as exigências mundiais”, resume Michel Costa. E outra resposta, mais genérica, é: “A capacidade de o mercado ter para identificar as deficiências produtivas e as melhorias. Será um aliado importante para correções, como por exemplo, em trecho de transporte, estima uma perda de grãos de 23%. A rastreabilidade trará uma visão e conhecimento dos negócios hoje não disponível no mercado”, destaca Michel Costa. Já há conversas inclusive bem adiantadas envolvendo a participação e a inserção da Coopavel no projeto de difusão dessa tecnologia.

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A empresa ou startup vendedora vai faturar R$ 10 mil e um contrato com a norueguesa Yara para desenvolver a solução inovadora. Além disso, participará de um programa de mentoria com os experts da Yara por três meses; programa de Conexão e Mentoria: serão 13 encontros com um time especialista de mentores para cobrir todas as áreas necessárias para o desenvolvimento do Business case da startup junto ao patrocinador proponente do desafio; DEMODAY de apresentação a fundos de investimento especializados em agronegócio e bolsa para o programa on-line da Founder Institute RS, no valor de US$ 499. Para o segundo lugar, prêmio de R$ 6 mil e o terceiro lugar, prêmio de R$ 4 mil.

(Vandré Dubiela/Sou Agro)

 

Foto: Christian Rizzi

 

(Vandre Dubiela/Sou Agro)