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AGRICULTURA

Grãos: entenda o cenário da soja e do milho

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Vandre Dubiela
Vandre Dubiela

 

#souagro | O mercado de grãos mostra um cenário distinto entre as commodities. O analista de mercado Marcelo Becker inicia sua explanação abordando a queda, anos após anos, da taxa de crescimento populacional na China, alto mais evidentes a partir de 2016, com o controle de natalidade anunciado pelo governo do país asiático.

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Em 2020, o decréscimo populacional chinês foi de 0,3%. “Porque eu estou falando isso? A China é o nosso maior comprador de soja, com a aquisição de 100 milhões de toneladas ao ano. Ou seja, se a população da China decai a cada ano, a tendência será de redução de importações a médio e longo prazos”, descreve Becker.

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Em relação aos contratos futuros da soja, os preços de novembro de 2021 já apresentam ser maiores do que os firmados em setembro. Já o milho, a cotação era inferior, tanto em dólar como em real. “O dólar subiu na última semana, influenciando os preços do milho no mercado doméstico. Nos Estados Unidos, a alta foi de 10, 15 cents, dependendo do vencimento. Para o Brasil, teve uma leve queda, em comparação com setembro do ano passado. Ou seja, percebemos a subida do milho e a queda no preço da soja. A expectativa é de produção recorde de soja no Brasil. No oeste do Paraná, nada que preocupe, apesar das chuvas registradas nos últimos dias. No centro-oeste do Brasil, o clima é favorável. “Chicago observa o comportamento da soja no Brasil e a oferta do produto tende a fazer os preços caírem”.

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No primeiro semestre, a China importou do Brasil mais do que no mesmo período do ano passado. Isso significa a possibilidade de redução das importações no segundo semestre deste ano, conforme Marcelo Becker. “Isso pressionará as cotações da soja para baixo”.

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Sobre o milho, houve um burburinho meses atrás de que os Estados Unidos enfrentariam um desabastecimento, caso o governo não controlasse esse movimento de escassez do grão. “O mercado atual para o milho está aquecido, mantendo os preços em um patamar elevado”. Já no mercado doméstico, a tendência é de baixa, tendo em vista o cenário apresentado pelo governo brasileiro, de que o dólar deverá recuar na próxima semana, forçando a redução da saca da commodity.

(Vandré Dubiela/Sou Agro)

 

(Vandre Dubiela/Sou Agro)