Fogo região
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Fogo consumiu área equivalente a 30 campos de futebol

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Vandre Dubiela
Vandre Dubiela

 

A estiagem persistente em 2021, combinada com as fortes geadas ocorridas em julho e agosto, agravaram as condições de fragilidade da vegetação, aumentando a probabilidade de ocorrência de fogo. Somente neste ano, a Brigada Florestal da margem brasileira da Itaipu, composta por empregados da Diretoria de Coordenação e terceirizados, já atendeu a treze ocorrências nas áreas protegidas. Até o mês de agosto, a área queimada em 2021 somou cerca de trinta campos de futebol e representa 26% da área queimada em 2020, indicando que o ano de 2021 será tão difícil quanto o anterior.

As equipes próprias lotadas nos escritórios de Foz do Iguaçu, Santa Helena e Guaíra, bombeiros militares e defesa civil tem se esforçado para manter conter os prejuízos. No último mês de junho, inclusive, a empresa adquiriu equipamentos (seis kits que transforam picapes em veículos de combate a incêndios) para agilizar o atendimento.

Além disso, a Itaipu está reforçando sua estrutura de enfrentamento de focos de incêndios por meio dos convênios  de prestação de serviços terceirizados nas áreas protegidas, que, além das atividades de manutenção que já eram realizadas, como o plantio de mudas, coleta de dados e monitoramento, passam a incluir também o combate ao fogo.

Em agosto, a brigada florestal também atuou com uma equipe terceirizada e três técnicos de campo em apoio aos bombeiros da Quarta Coordenadoria Regional de Proteção e Defesa Civil (4ª Corpdec) no controle de um incêndio de grandes proporções em área de difícil acesso no município de Mercedes.

O vento forte direcionou o fogo para a Faixa de Proteção do Reservatório e as equipes da brigada florestal atuaram com ações de combate direto e sobrevoo com drone para monitoramento do comportamento do fogo e planejamento de atividades, buscando evitar que o incêndio atingisse áreas de Itaipu. Felizmente, esses esforços tiveram sucesso.

Em outra frente de atuação, as equipes dos bombeiros da Itaipu e da segurança empresarial se dedicam, dia e noite, a proteger áreas sob as linhas de transmissão de 500 kV e já atenderam a 57 ocorrências no ano até agosto. Por essas linhas passam cerca de 11% da energia que abastece o Brasil e um desligamento intempestivo por fogo, além de ocasionar a interrupção do fornecimento de energia, pode por sua vez trazer consequências muito graves para o sistema elétrico nacional que é interligado.

A magnitude desses incêndios sob as linhas de transmissão é agravada em razão de descartes irregulares de lixo e de diversos materiais de fácil combustão. A Itaipu tem executado ações preventivas por meio da distribuição de folhetos educativos, orientando a comunidade quanto ao correto descarte de lixo e constante remoção desses materiais sob as linhas.

Infelizmente, as previsões meteorológicas indicam que a condição continuará favorável para a ocorrência de incêndios até o fim da primavera, quando é esperado um volume de chuva maior. O índice do risco de fogo disponibilizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), aponta que a situação continua crítica, com níveis altos de risco da ocorrência de incêndios na região oeste do Paraná e cercanias.

 

Fonte: Itaipu

 

(Vandre Dubiela/Sou Agro)