AGRICULTURA
Culturas de inverno incrementam produção de mel
O Paraná é o segundo maior produtor de mel do Brasil, ficando atrás apenas do Rio Grande do Sul. De acordo com o Deral (Departamento de Economia Rural, em 2019 foram produzidas 7,4 mil toneladas. Além do volume, o Estado também é reconhecido como um produtor de mel de alta qualidade. Em Prudentópolis, os apicultores conseguiram dobrar o volume de produção depois que adotaram o plantio de culturas de inverno. Além de favorecer as abelhas, a prática também contribui para melhorar as condições do solo.
No ano passado, a produção de mel de Prudentópolis chegou a 440 toneladas, gerando uma receita de R$ 4.721.000, segundo o Deral. Além da importância econômica, a apicultura é uma atividade integradora, já que as abelhas contribuem com a polinização, proporcionando maior produtividade para as lavouras.
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Mel
Uma das principais dificuldades dos apicultores/meliponicultores do município era a falta de flores nos meses mais frios. O problema foi resolvido com o plantio de culturas de inverno.
De acordo com Marlon Hladczuk, do IDR-Paraná de Prudentópolis, os agricultores optaram pelo plantio de nabo forrageiro, aveia e canola. “Esse plantio é feito em uma única vez, nos meses de abril e maio, com as misturas das sementes. Isso facilita e reduz a demanda de serviços, com menor custo de implantação do sistema”, informou o extensionista.
A partir do terceiro mês do plantio, inicia-se a floração dessas culturas. “A oferta de flores é abundante e por um longo período, o que resulta numa expressiva produção de mel, aliada ao aumento de abelhas das colmeias”, ressalta Hladczuk, um entusiasta dessa tecnologia.
Este é o segundo ano em que alguns produtores adotaram a prática em Prudentópolis. Eles constataram que a produção média de mel, por colmeia, que era de 30 kg/ano, atingiu, 64 kg/ano, um acréscimo de 113% na produtividade de mel.
Hladczuk observa que o plantio dessa cobertura do solo no inverno possibilita a necessária rotação de cultura e sombreamento do solo, evitando a erosão e intensificando a infiltração de água. “Esse consórcio de plantas de cobertura proporciona também um volume significativo de palhada que, entre outras vantagens, garante o adequado plantio direto na palha da cultura de verão subsequente, com menor necessidade no uso de herbicidas e redução do custo de produção”, explicou.
Fonte: AEN