Crise Evergrande China

Crise em gigante do mercado imobiliário chinês respinga no agro

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela
Crise Evergrande China

 

#souagro | O mercado mundial de grãos sente os reflexos provocados pela crise da gigante chinesa Evergrande, que contabiliza dívidas superiores a US$ 300 bilhões. Isso afeta o mercado mundial de grãos, nos aspectos financeiro de das commodities.

A empresa é segunda maior do imenso mercado chinês, a ponto de fazer parte da lista Global 500, da revista Fortune, que reúne as maiores companhias do mundo em receita. A gigante Evergrande foi fundada em 1996 e alcançou a prosperidade no mercado imobiliário. A empresa assina projetos de construção em 280 cidades, tem uma subsidiária no mercado de veículos elétricos, uma empresa de mídia, um parque de diversões e um time de futebol, o Guangzhou Evergrande.

A China é a principal parceira comercial do Brasil, em especial pela compra de commodities. Em plena pandemia do coronavírus, a balança comercial brasileira colheu superávit de US$ 50,9 bilhões, dos quais US$ 68 bilhões foram em exportações aos chineses. Segundo a FGV, o superávit comercial do Brasil com a China equivale a 70,4% do saldo do país de janeiro a maio deste ano.

Nesta tarde, o resultado se mostrava na cotação das principais empresas exportadoras com ações listadas na bolsa de valores de São Paulo, a B3. Às 15h, a Vale acumulava queda de 5%. A Petrobras, de 3%. Braskem caía 9%. O Ibovespa, índice das principais ações da bolsa, recuava mais de 3%.

 

BOLETIM USDA

Em seu boletim semanal divulgado nesta segunda-feira (20), o USDA anuncia que na última semana o embarque de soja totalizou apenas 0,28 milhão de toneladas. Na temporada passada, iniciada em 1º de setembro, o vlume chega a 0,5 milhões de toneladas, ante 3,7 milhão de toneladas do mesmo período do ano passado.

Já com relação ao milho, na semana passada foram embarcados e inspecionados 0,4 milhão de tonelada. Até agora, na temporada, foram apenas 0,6 milhão de tonelada, diante de 1,99 milhão de tonelada no mesmo período passado.

O ritmo é lento ainda gerado por transtornos ocasionados no Golfo do México, provocado pela passagem do Furacão Ida, danificando diversos terminais portuários.

(Vandré Dubiela/Sou Agro, com Agências)

 

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

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