A Secretaria de Agricultura de Pato Bragado e a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) buscam uma parceria rumo ao incentivo da piscicultura na região. A secretária de agricultura do município, Jaqueline Vanelli, procurou profissionais da Unioeste para darem esse suporte na área. Com isso, professores e alunos da Universidade, tanto os de graduação quanto de pós-graduação, vão colaborar em projetos que envolvem a piscicultura junto com a cidade de Pato Bragado.

O principal objetivo da parceria é atender às demandas do município em relação a piscicultura e dar suporte na qualificação dos produtores. Sérgio Makrakis, coordenador do curso de Engenharia de Pesca da Unioeste (campus Toledo), comenta um pouco do caminho necessário para alcançar os resultados desejados, “vamos realizar diagnósticos, buscar a capacitação, treinamento de piscicultores e técnicos, com o objetivo de melhoria e aumento da produtividade e produção”.

Para Jaqueline, a participação da Unioeste agrega muito no desenvolvimento da piscicultura na cidade, “a Universidade tem importância primordial, pois possui mestres e doutores referências em pesquisa e extensão com capacidade de nos mostrar onde podemos chegar”. Além disso, essa cooperação é uma grande oportunidade para os acadêmicos do curso de Engenharia de Pesca da Unioeste, que também vão aproveitar essa parceria colocando os conhecimentos teóricos adquiridos em sala de aula em prática. “É uma parceira de ‘ganha, ganha’, todos ganham nesse processo, ganha a universidade, ganha o munícipio e ganha os piscicultores da cadeia de produção”, explica Sérgio. Pato Bragado é a primeira cidade a buscar essa parceria, entretanto, o coordenador do curso afirma que a Unioeste visa expandir essa ideia à outras cidades da região.

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A parceria está só no começo, muitas portas estão se abrindo e tudo indica que os resultados serão positivos. A questão de melhorar a qualificação dos produtores e piscicultores da região é animadora, está sendo discutida a possibilidade de realizar treinamentos remotos, devido a pandemia e para facilitar o ensino. Outro ponto favorável da atividade remota é que serão realizadas no período noturno, para não interferir no horário de trabalho, assim, poderão ser assistidos em casa, caso tiver um bom alcance de internet. Uma iniciativa diferente proposta é a possibilidade de os filhos dos produtores acompanharem os treinamentos e absorver o conteúdo para dar continuidade à produção dos pais, existe uma preocupação a respeito da continuidade dos mais jovens para esse tipo de atividade tão importante e que oferece um grande leque no mercado de trabalho. A cidade sente essa evasão dos jovens para as cidades e enxerga a falta dos filhos na rede da agricultura familiar, os treinamentos então, podem incentivar os jovens a se envolver no ramo profissional da família novamente “o foco também é tentar fazer com que o filho do produtor rural faça esses cursos remotamente, vamos ver se, de repente, se eles estão ligados à essa tecnologia, a gente possa estar ajudando a manter o filho na propriedade e dando continuidade às atividades de produção agrícola dos pais”, completa Sérgio.

Além do mais, toda essa colaboração busca atingir os resultados da produção da piscicultura de Pato Bragado. O munícipio conta com 74 piscicultores e investem em recursos na área, porém não estão vendo retorno financeiro. A Unioeste, mais uma vez vem para contribuir com a comunidade pensando no futuro da produção na cidade; Sérgio comenta que “a gente também vai discutir a organização da cadeia, no sentido de racionalizar melhor quais são os canais de organização, potenciais possíveis, parcerias com as cooperativas na agregação de valores, e quem sabe eles também pensarem em um entreposto para poder estar agregando valor, no sentido de que o município, no futuro, possa ter uma arrecadação de ICMS dentro dessa organização”. Jaqueline também está confiante de que vai ser benéfico para a região “estamos com uma expectativa muito boa, vários produtores interessados, vejo que podemos trabalhar juntos e fazer a diferença para esses produtores”, afirma.

Fonte: Assessoria Unioeste

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(Sirlei Benetti/Sou Agro)