FRIO SEVERO = salada mais cara no prato do consumidor
souagro | Poucos são os que sentem tanto os reflexos e os prejuízos ocasionados pelo frio severo como os produtores de hortaliças. O presidente da Ceasa-Paraná, Eder Eduardo Bublitz, fala da expectativa e das recomendações frente a grande massa polar em deslocamento e que promete frio intenso, comparado somente ao de 1950, bem maior que o registrado na década de 1970, quando a geada negra dizimou os cafezais paranaenses.
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“Nossos produtores usam, principalmente nas atividades de hortifrúti e olericultura, muita tecnologia. Mesmo assim, é necessária a adoção de várias medidas para a proteção com relação ao frio”, salienta o presidente da Ceasa-Paraná. Até mesmo produtores adeptos à produção em estufas, podem sofrer perdas. A tecnologia é importante, mas não é sinônimo de proteção total em épocas de frio intenso.
Se esse frio intenso realmente se confirmar, o aumento nos preços das hortaliças, principalmente as foliosas, é certo, com os custos subindo ao consumidor entre 15% e 20%. “Agora, tudo está no campo das previsões. É preciso medir realmente os estragos que essas baixas temperaturas devem provocar e isso será possível a partir de segunda-feira”, salienta Eder Bublitz. “Em função da safra curta, o produtor paranaense não tem o hábito de contratar seguro para a produção, muito por conta do elevado custo”.
(Vandré Dubiela/Sou Agro)