AGRICULTURA

Boletim do Deral traça panorama atualizado das lavouras do Paraná

Sirlei Benetti
Sirlei Benetti

 

#souagro | O boletim agropecuário divulgado pelo Deral/Seab traça um panorama atualizado das lavouras paranaenses. A avaliação mostra os danos provocados nas áreas cafeeiras das regiões Norte-Central do Paraná. No Norte Pioneiro, onde há concentração maior da produção, as informações são de danos variados, entretanto, menos que as de outras regiões.

Já com relação ao feijão, o registro é de 100% das lavouras da segunda safra colhidas. Ao menos 82% da produção já foi comercializada, ou seja, 282 mil toneladas, restando 49 mil toneladas para futuros negócios. Os preços praticados em junho variam entre 5% e 10% a menos que no mês anterior.

O milho apresentou queda nas condições da lavoura na última semana em decorrência das geadas. Do total, 287 mil encontram-se em boa situação, enquanto 1,1 milhão com condição mediana e 1 milhão de hectares classificado como ruim.

O trigo apresenta queda de 6% no preço médio da tonelada em junho, comparativamente com maio e de 27% em relação ao mesmo mês no ano passado. Já sobre a soja, verificou-se queda de 1% no preço da saca de 60 quilos comparativamente com a semana anterior.

O documento preparado pelo Deral faz, ainda, uma análise sobre a goiaba, que é cultivada em 22,1 mil hectares no Brasil. Pela ordem, Pernambuco, São Paulo e Paraná são os principais produtores, responsáveis por 73,7% das colheitas. O Paraná teve, em 2019, 1,3 mil hectares plantados e colheu 35,4 mil toneladas, que renderam R$ 70 milhões.

Os produtores de mandioca dedicaram parte do tempo, nos últimos dias, para preparar as ramas que serão usadas no próximo plantio, além de protegê-las dos granizos e geadas. A colheita já ultrapassou 40% dos 143 mil hectares da safra 2020/21, mas vai se estender até dezembro. Da batata segunda safra já foram colhidos 8,3 mil hectares, ou 71% do total estimado.

O boletim registra, ainda, alta de 13% nos preços médios da arroba bovina nos primeiros seis meses do ano. A principal razão é a menor oferta de animais prontos para abate. Os cortes para o consumidor também apresentaram reajustes que chegaram a 22% no caso do peito.

Sobre a avicultura, a tônica está na exportação de carne de frango brasileiro, que cresceu 4,1% em termos de faturamento, entre janeiro e maio, e 4% em volume. O Paraná, maior produtor e exportador nacional, com participação de 41,1% nesse período, observou aumento de 6,5% no volume enviado ao exterior e de 1,3% no faturamento.

 

(Sirlei Benetti/Sou Agro)