PECUÁRIA
ALERTA: Baixa adesão ameaça novo status sanitário
#souagro | Restando apenas 17 dias para o fim do prazo para atualização cadastral do rebanho paranaense, o índice de regularização é considerado baixo e preocupa as autoridades sanitárias paranaenses. Diferentemente de 2020, quando houve duas etapas, neste ano o período único começou a ser contado em 1º de maio e termina em 30 de junho. Após isso, o trânsito não será possibilitado e o produtor poderá ser multado. A mais recente parcial que 48,3% do rebanho já foi cadastrado.
O presidente do Sindicato Rural Patronal de Cascavel, engenheiro agrônomo Paulo Orso, considera o baixo interesse do pecuarista em atualizar o rebanho “extremamente preocupante”. Segundo ele, o brasileiro costuma deixar tudo para a última hora, mas não se pode brincar com o status de sanidade agropecuária e colocar em jogo uma conquista de décadas, comemorada há poucos dias envolvendo a certificação da OIE (Organização Internacional das Epizootias) atestando o Paraná como Área Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação.
VEJA A ENTREVISTA COM O PRESIDENTE DO SINDICATO RURAL DE CASCAVEL, PAULO ORSO:
“Conquistar foi um árduo trabalho, manter também é uma tarefa difícil porque a gente não conta mais com a vacina”, alerta o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. Segundo ele, o Estado optou por não impor custo ao produtor com a colocação de brinco ou chip para identificar cada animal. “Apenas precisamos, como medida adequada do ponto de vista sanitário, saber quantos são e onde estão os animais”, disse. “É um ato a favor do negócio do criador”.
Confira como está a atualização cadastral por município no Estado
O presidente da Agência de Defesa Agropecuária, Otamir Cesar Martins, reforçou os benefícios que a atualização cadastral trará ao produtor. “Com as informações registradas temos melhores condições de agir rapidamente em eventuais casos de focos de qualquer doença, e não apenas a aftosa”, afirmou. “O nosso apelo é para que intensifiquem a declaração dos rebanhos nesta reta final da campanha”.
CONSEQUÊNCIAS AO PECUARISTA
A falta da atualização tem consequências para o produtor. Uma delas é o impedimento para emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), documento imprescindível para qualquer movimentação entre propriedades ou para abate em frigoríficos. Além disso, a legislação prevê autuação e pagamento de multa de uma Unidade Padrão Fiscal por cada animal. Em junho, o valor da UPF no Paraná é de R$ 113,54.
(Vandré Dubiela/Sou Agro, com AEN)
Foto: Arnaldo Alves/AEN