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Os desafios do mercado do feijão e a luta para elevar o consumo per capita

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Sirlei Benetti
Sirlei Benetti

 

#souagro | Uma das maiores sumidades do Brasil quando o assunto é feijão e pulses, o presidente do Ibrafe (Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses), Marcelo Eduardo Lüders, falou com exclusividade ao Portal Sou Agro sobre o mercado do feijão e os principais desafios diante de gargalos existentes que precisam ser superados para potencializar a cultura no País. Os desafios do mercado do feijão e a luta para elevar o consumo per capita.

O cenário apresenta vários desafios interessantes, como o plano nacional a ser implementado. “É preciso parar de sonhar, planejar e executar as ações”. É preciso levantar o pulso direito e dar um viva a essa proteína tão importante no prato do brasileiro.

 

Acompanhe e entrevista completa concedida com exclusividade ao Portal Sou Agro pelo presidente do Ibrafe, Marcelo Eduardo Lüders:

Especialista faz análise de como está o mercado do Feijão no Brasil

 

Em relação ao momento vivenciado em torno da cultura de feijão, há uma transição da primeira e segunda safra, onde havia expectativa de que o feijão carioca pudesse ter uma valorização maior. “Isso não aconteceu. Por outro lado, ocorreu um desestímulo ao plantio do feijão carioca para a colheita na segunda safra, aonde teríamos uma concentração maior de oferta nos meses de março e abril”. Pelo contrário, os produtores dedicaram uma área maior para o plantio do feijão preto, que tem muito mais apelo comercial, a exemplo de outras 20 variedades com possibilidade de comercialização tanto no mercado nacional como no internacional.

 

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Incentivo é o que não falta

O produtor nacional de feijão tem tido um incentivo considerável do Ibrafe, do Conselho Brasileiro do Feijão, da Câmara Setorial e de outros atores da cadeia produtiva. “Agora, gerar excedentes do feijão carioca é um grande desafio, pois não tem aonde destinar a produção. Não há consumo mundial do feijão carioca, diferentemente de outras variedades”, explica Lüders.

O produtor precisa entender um ponto: não já como provocar o aumento do consumo per capita se não há produção suficiente para isso. O ideal, seria 17 quilos por habitante ao ano. “Mas não entregamos nem 12 quilos per capita/ano”, informa. Outro tabu é como estimular a produção de feijão se é preciso competir com a soja e o milho, hoje com preços muito mais atraentes.

O Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses é a única entidade que representa e desenvolve os interesses da cadeia produtiva do feijão e dos pulses e, também, reúne os maiores apaixonados pela cultura do feijão no País. (Vandré Dubiela)

 

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(Sirlei Benetti/Sou Agro)