AGRICULTURA
Área plantada de feijão segunda safra apresenta redução na região de Cascavel
#souagro | O clima seco e a pressão de pragas, principalmente a mosca branca, tem preocupado os produtores de feijão dedicados ao plantio da segunda safra, iniciado há pouco mais de 20 dias. A colheita da safrinha de feijão tem previsão de ocorrer no mês de maio. A chuva registrada nesta quarta-feira ajuda, mas não resolve a carência de umidade no campo.
O engenheiro agrônomo Airton Cittolin aposta muito na chuva para amenizar os riscos de perdas no campo. “A planta precisa de chuva para se desenvolver e fazer frente a esse clima seco, principalmente para se fortalecer e combater a presença de pragas”.
Segundo o engenheiro agrônomo, essa chuva vem em boa hora para que os produtos biológicos e químicos aplicados no feijão, reajam de maneira mais eficaz contra as pragas.
De acordo com a economista do Deral, Jovir Esser, a área plantada deve sofrer redução na macrorregião de Cascavel, em comparação com a realidade observada na safrinha de feijão a anterior. Conforme Jovir, no relatório de fevereiro, a estimativa era a de plantar nove mil hectares, frente aos 10.117 da safrinha de 2020. “Como o principal definidor de área a ser plantada é a possibilidade de plantar ou não o milho 2ª safra dentro de um calendário adequado, essa área está sendo reavaliada”, comenta. Na próxima segunda-feira, será anunciada a redução da área entre 7 mil e 7,5 mil hectares de área plantada com feijão segunda safra. “O produtor não está aderindo muito ao feijão, em virtude do preço da saca do milho praticado no mercado. Outro fator limitante envolve a semente. Algumas empresas que as revendem na região, tiveram contratos cancelados, fatores que vão impactar na área plantada dentro do nosso núcleo”. (Vandré Dubiela/Sirlei Benetti)
Foto: Divulgação Iapar