Colheita de milho, colheita de grãos

Colheita da soja e plantio do milho na reta final; estimativa de safra recorde  

Sirlei Benetti
Sirlei Benetti
https://www.youtube.com/watch?v=UDZU7zflrQ0&ab_channel=CONAB

 

A produção de grãos no Brasil, estimada em 273,8 milhões de toneladas no 7º levantamento divulgado nesta quinta-feira, pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), segue registrando a marca recorde que vem caracterizando a Safra 2020/21. O crescimento atinge 6,5%, o correspondente a 16,8 milhões de toneladas sobre a safra passada. Colheita da soja e plantio do milho na reta final; estimativa de safra recorde.

O destaque dá-se sobretudo a partir da consolidação do plantio das culturas de segunda safra e início de semeadura das culturas de inverno, com sustentação no aumento geral de 68,5 milhões de hectares e boa performance da soja e do milho.

Já em relação ao mês passado, nota-se um aumento de 1,5 milhão de toneladas, sustentado especialmente pelo crescimento de 1,1% na área plantada de milho segunda safra, além do ganho na produtividade da soja.

Quanto à área total de plantio, o boletim registra um crescimento de 3,9% sobre a safra anterior, com previsão de alcançar 68,5 milhões de hectares. Esse volume conta com a participação de cerca de 20 milhões de hectares provenientes das lavouras de segunda e terceira safras e as de inverno, que ocuparão a pós-colheita da soja e do milho primeira safra.

No caso da soja, que tem o Brasil como maior produtor mundial, o volume deve alcançar novo recorde, estimado em 135,5 milhões de toneladas, 8,6% ou 10,7 milhões de toneladas superior à produção da safra 2019/20.

 

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O milho total também sinaliza produção recorde, com a previsão de atingir 109 milhões de toneladas e crescimento de 6,2% sobre a produção passada. Serão produzidas 24,5 milhões na primeira safra, 82,6 milhões na segunda e 1,8 milhão na terceira safra.

Quanto ao feijão, é esperado crescimento de 2% na produção, somando-se as três safras, totalizando 3,3 milhões de toneladas. A primeira safra tem a colheita praticamente concluída, a segunda está em andamento e a terceira com o plantio a partir da segunda quinzena de abril.

Confira o anúncio do 7º Levantamento de Grãos Safra 2020/2021 da Conab:

 

Perfil das exportações

Para o milho, os embarques do ano continuam lentos. No entanto, dada a conjuntura no cenário externo, a Conab espera uma previsão de exportações em 35 milhões de toneladas para a safra atual, valor praticamente igual ao observado na última safra.

Para a soja, estima-se a venda para o mercado externo de 85,6 milhões de toneladas (aumento de 3%). Confirmada a previsão, será um recorde da série histórica. O suporte seria dado pela demanda internacional ainda aquecida e pelo alto percentual de comercialização observado para a safra atual.

Destaca-se, no entanto, as informações referentes às exportações de março, que foram 24% superiores em relação ao mesmo período do ano passado. Isso ocorreu em função do atraso da colheita, o que implicou em um ritmo mais lento nas exportações em janeiro e fevereiro, compensado no mês de março.

 

Fonte: Conab

 

Foto: CNA/Wenderson Araujo/Trilux

 

Mapa de precipitações

A Conab também divulgou o mapa da precipitação acumulada referente ao mês anterior. O mapa da chuva rem impacto direto na produção de grãos no Brasil.

O mapa mostra bastante chuva na parte superior do Centro-Oeste, no Mato Grosso e na região central de Goiás, com acumulados acima de 300mm, caracterizando chuvas de alta intensidade e duração. No Mato Grosso, ocorreram problemas com a colheita da soja no mês passado, devido ao grande volume de chuvas, gerando perdas na qualidade dos grãos.

Já no Mato Grosso do Sul, poucas chuvas com algumas lavouras sofrendo de estresse hídrico, principalmente de segunda safra em sucessão à cultura da soja. Na região Sul, a Conab apontou bons acumulados de precisão e na região semi-árida, um março com poucas chuvas acumuladas.

O panorama do armazenamento hídrico do brasil ocorre de 9 de março a 8 de abril. Como as chuvas se concentraram mais no Norte do País, no Mato Grosso do Sul, houve pouco armazenamento de água no solo, o mesmo ocorrendo na região semiárida, que apresenta déficit hídrico. A produção de grãos é pautada no sistema de sequeira, consequentemente a disponibilidade hídrica tem impacto direto na produtividade das culturas, principalmente naquelas que estão na fase de crescimento e desenvolvimento. (Vandré Dubiela)

 

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(Sirlei Benetti/Sou Agro)

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