Técnicos ambientais são capacitados para o manejo correto de serpentes
O Instituto Água e Terra (IAT) iniciou nesta semana uma programação de cursos sobre o manejo de serpentes, voltado a técnicos do órgão ambiental e agentes do Batalhão de Polícia Ambiental – Força Verde. O primeiro ocorreu no fim de semana, no Parque Estadual Lago Azul, entre Campo Mourão e Luiziana, no Centro-Oeste do Estado.
A capacitação foi ministrada pelo biólogo José Roberto Bello, da BioLogic Consultoria Ambiental, que conduz o curso de forma voluntária. O conteúdo inclui etapas teóricas e práticas para ensinar os profissionais do IAT e de outros campos ligados à área ambiental como lidar sem causar danos ao animal. Na região da Unidade de Conservação (UC), a presença de serpentes é frequente, com destaque para espécies como a Cascavel (Crotalus durissus) e Jararaca (Bothrops jararaca). Foram três horas de treinamento, com uma jiboia (Boidae), com a presença de 40 pessoas.
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“Como temos muitas aparições de serpentes no parque, fizemos essa parceria com o biólogo, que possui a licença para lidar com répteis, para promover esse curso. O objetivo é explicar aos técnicos o manejo correto, que garanta a segurança do servidor e também para que cobra possa ser devolvida à natureza em um local apropriado”, explica a gerente do Lago Azul, Polyana Silva Pereira.
A previsão é que novas edições da capacitação aconteçam na UC neste ano, mas ainda não há data definida. Mesmo sendo destinadas para profissionais da área ambiental, qualquer pessoa interessada poderá participar.
LAGO AZUL – O Parque Estadual Lago Azul é uma zona de transição de florestas, dentro da área da Usina Hidrelétrica Mourão. Foi apenas após a implementação do espaço que o reservatório e todo o seu entorno passaram a constituir-se em um patrimônio natural de grande potencial turístico e de recreação para a região. Os principais atrativos do espaço são as duas trilhas, que proporcionam aos visitantes um contato direto com a natureza.
A área da UC tem a dimensão equivalente a quase dois mil campos de futebol e é formada por dois tipos de floresta: a estacional semidecidual, onde predominam espécies como perobas, cedros e ipês; e a floresta ombrófila mista, reino da araucária e espécies a ela associadas.
Além das serpentes, o parque também abriga uma grande variedade de espécies da fauna nativa, como bugio (Alouatta guariba), tapiti (Sylvilagus brasiliensis), paca (Agouti paca), lontra (Lontra longicaudis), jaguatirica (L. pardalis) e onça-pintada (Panthera onca ssp.).
CONTATO – O cidadão que avistar algum animal silvestre fora da natureza deve em contato pela Ouvidoria do Instituto Água e Terra ou com o Batalhão de Polícia Ambiental Força Verde, da Polícia Militar do Paraná. Esses canais também recebem denúncias de atividades ilegais contra animais,
Se preferir, pode ligar para o Disque Denúncia 181. É importante informar de forma objetiva e precisa a localização e o que aconteceu com o animal. Quanto mais detalhes sobre a ocorrência, melhor será a apuração dos fatos e mais rapidamente as equipes conseguem fazer o atendimento.
(Com AEN/PR)