Em 34 anos, a agricultura Brasileira assistiu um grande salto na produtividade. Nada menos que 415%, o que representa um crescimento de 4,9% ao ano. E nessas três décadas, a ampliação de área agriculturável foi de 111%. O Paraná é um dos estados expoentes na produção de grãos. Em suas terras prevalecem a execução de duas safras, uma de verão e outra de inverno. Em termos de território não há mais para onde expandir a agricultura. Será mesmo que não há para onde crescer?

Se você leu essa frase e entendeu este ser um fator limitante, aqui vai um alerta: a tecnologia permite ir além. Já é possível fazer até três safras no ano e produzir muito mais do que as médias tradicionais. A garantia vem da pesquisa, dos novos experimentos de cultivares e do cuidado com um bem muito precioso, um patrimônio que é um privilégio do Paraná. O solo, que já é fértil e abençoado, com cuidados na medida certa, podem impulsionar ainda mais os resultados em produtividade.

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Os bioinsumos surgem como um grande trunfo para as lavouras. É a escolha da agricultura moderna, associando sustentabilidade e resultado. A sociedade busca a redução dos defensivos químicos e as alternativas biológicas se mostram tão ou mais eficientes. O mercado para os bioinsumos cresce rápido e a cada dia é maior o número de empresas integradas às pesquisas para entregar a melhor resposta possível aos agricultores, ao meio ambiente e aos consumidores. Ao mesmo tempo que combate inimigos da planta de forma natural, essa técnica protege e fortalece o solo, reduz contaminações e dá mais segurança aos aplicadores.

E falando em solo, lá vem a cartada! “No Show Rural de Inverno vamos falar muito sobre fertilização biológica do solo. Pensamos muito nisso porque a terra é a grande estrutura que temos para conseguir o resultado que a gente quer. Um solo adequado promove uma fertilidade fantástica. É preciso olhar para o todo, analisando questões físicas (compactação), químicas (adubação) e a parte biológica, sobre o que deve ser feito. Quais as alternativas que temos para um manejo adequado? Tudo isso abordaremos na próxima edição do Show Rural de Inverno, que acontece entre 27 e 29 de agosto, diz o coordenador Rogério Rizzardi.

O presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, destaca a importância da discussão na metade do ano, sobre culturas específicas do inverno. “Temos uma boa conscientização dos produtores em relação as culturas de verão, e olhando dados técnicos, precisamos mostrar o que há de moderno e atual para a melhoria da estrutura do solo saindo um pouco da parte química indo para
a adubação orgânica que vão fortalecer o solo.

TRÊS SAFRAS AO ANO

A informação chama a atenção. Afinal, o que já é muito bom, pode ficar ainda melhor. E sim, para que as três safras sejam possíveis, o manejo correto do solo é imprescindível. Os biosinsumos tem participação na jogada. E é uma jogada de mestre, diga-se de passagem. “Veja a oportunidade que temos na região que temos de realizar três safras no ano: soja com variedade adequada, trigo e milho. Na maioria dos lugares do mundo planta-se apenas uma cultura, talvez duas. O Paraná pode mais. É uma região que tem que ser potencializada com uso de tecnologia para que o produtor desfrute ainda mais do que a natureza nos deu e Deus ofereceu, favorecendo essa região. Cuidar é administrar este belo patrimônio é a missão do produtor”, diz Rizzardi.

A dupla da Coopavel, Dilvo Grolli e Rogério Rizzardi, garante que a partir do solo diferenciado e empenho do produtor, são expressivas as chances de um bom resultado no agro. “O Estado do Paraná tem a melhor estrutura de clima do Brasil. Estamos no Sul, com clima mais ameno. O Paraná, no fator qualidade do solo, tem conceito superior no parâmetro  das terras do Brasil. O índice pluviométrico também é favorável”, posiciona Dilvo Grolli.

O segredo do sucesso também tem uma pitada de disciplina. É necessário apoio técnico de confiança e uma boa gestão da porteira pra dentro. Todas as culturas são importantes. Soja e milho são tradicionais. O trigo ainda busca seu espaço. O Brasil, apesar de ser celeiro do mundo, ainda depende da importação do produto. No mercado há espaço. No campo, ele contribuiu e muito para o que vem depois, qualifica o solo para receber as sementes do verão.

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(Redação Sou Agro/Sou Agro)