Foto: Marcos Labanca/Assessoria Itaipu Binacional

Presidente da Conab afirma que País voltará a ter estoque público de grãos; parceria visa modernizar Armazéns do PR

Redação Sou Agro
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Foto: Marcos Labanca/Assessoria Itaipu Binacional

 

Um dos gargalos da agricultura brasileira, que ficou ainda mais evidente no ano passado, é baixa capacidade de armazenagem de grãos. Além do baixo número de armazéns, a qualidade das estruturas está aquém do necessário.

Na tentativa de trazer evolução nesse sentido, foi assinado hoje (05), no Show Rural Coopavel, uma Carta de Interesse entre a Itaipu Binacional, Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e Ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura e Pecuária para modernizar as Unidades Armazenadoras do Paraná e Mato grosso do Sul.

No MS a estrutura que receberá melhorias será a de Maracaju e no PR serão as unidades de: Rolândia, Ponta Grossa e Cambé. “Nas nossas unidades armazenadoras que representam uma capacidade de 501 mil toneladas pra gente poder utilizar pro bem do nosso país, esse aporte e investimento da Itaipu Binacional nós vamos deixar uma estrutura 100% publica que vai contar com tecnologia de ponta pra atender a agricultura do Paraná, mas vai refletir também na agricultura geral do nosso país”, garante o presidente da Conab, Edegar Pretto.

O Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, reforçou a importância da possibilidade de armazenamento para dar maior autonomia ao agricultor na hora da comercialização. “O déficit de armazenamento prejudica o produtor, que por falta de espaço vende na baixa. Reformando as centrais de armazenamento e propiciando que as cooperativas possam melhorar sua capacidade de negociação. Armazéns que estavam praticamente abandonados”.

O Secretário da Agricultura e Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, ressaltou que a infraestrutura precisa acompanhar o ritmo de crescimento da produção e que governos estadual e federal já elaboram estratégias para a safra 20/25. “Nós temos uma agricultura crescente, eu afirmo sempre 400 milhões de toneladas de grãos é fácil de conquistar se a gente continuar trazendo tecnologia e inovação.

Só que a nossa economia não pode ficar capenga, a infraestrutura não acompanhou a expansão rápida da nossa produção. É armazém de menos, estrada de menos, ferrovia de menos é a ausência de coletividade e assim por diante. Nós estamos tratando a safra 2024/25 com os Ministros Fávaro e Paulo Teixeira, pensando como podemos sustentar uma evolução qualificada para a agricultura já na safra junho/julho 2024/25 e nesse sentido a armazenagem é absolutamente importante”, garante.

Estoque público e regulação de preços
O presidente da Conab também garantiu que a Companhia voltará a fazer regulação de preços e estoque público de grãos. “Existe uma determinação para que o Brasil volte com urgência a fazer estoques públicos e a Conab volte a fazer regulação de preços. Quando está baixo o preço para o agricultor a Conab pode e deve comprar. “Nós já fizemos isso com o milho no ano passado. Em muitos estados o preço de mercado estava baixo do preço mínimo. Por exemplo, quando os agricultores comercializavam a saca de milho a 30/38 reais a Conab conseguiu comprar por 43 reais”, explicou.

Edegar Pretto ressaltou ainda que se essa mesma prática tivesse sido adotada com grãos que estão diariamente na mesa do brasileiro, como o arroz e o feijão, a população não teria ficado suscetível à inflação.

(Redação Sou Agro/Sou Agro)

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