Foto: Reprodução/Prefeitura de Capão Bonito

Combate à praga da laranja é apontado como prioridade em SP

Redação Sou Agro
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Foto: Reprodução/Prefeitura de Capão Bonito

O Governo de São Paulo lançou uma campanha para conscientizar sobre a importância do combate ao Greening, praga que atinge plantações de laranja e de outros cítricos. A medida integra o conjunto de ações tomadas pela gestão estadual para o controle da doença, que é transmitida por um inseto e que representa uma ameaça à citricultura no Estado.

São Paulo é um dos maiores produtores de laranja do mundo e o maior do país. Por isso, o controle do Greening é de extrema importância para o agronegócio paulista. Segundo o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), a citricultura paulista exporta U$ 2 bilhões por ano. São cerca de 9,6 mil propriedades que geram 200 mil empregos no estado.

Em reunião realizada com técnicos da pasta, o governador Tarcísio de Freitas apontou que o controle da praga deve ser tratado como prioridade, com ações de curto, médio e longo prazo.

Canal de denúncia

Em outubro, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), criou um canal direto para que a população, especialmente os produtores rurais, possa denunciar casos de “greening dos citros”. A medida pretende conter o avanço da doença denominada Huanglongbing (HLB).

O canal de denúncia tem como objetivo informar à Defesa Agropecuária a localização desses pomares de citros abandonados ou mal manejados, para que sejam colocadas em prática ações de educação e conscientização do produtor e, assim, adotadas as medidas necessárias para controle do Greening.

A existência desse tipo de pomar, sem controle do psilídeo (Diaphorina citri), que é o vetor da praga, ou sem erradicação de plantas até oito anos contaminadas com a doença, atua como fonte de contaminação a outros pomares.

De acordo com a Portaria SDA/MAPA nº 317, de 21 de maio de 2021, e a Resolução SAA nº 88, de 08 de dezembro de 2021, em todos os pomares com plantas de citros é obrigatória a realização do controle eficiente do psilídeo.

Comitê de combate ao Greening

Além do canal, o governo paulista também criou, no mês passado, o Comitê Estadual de Combate ao Greening. O grupo reúne cinco secretarias, além de produtores e representantes do setor da citricultura.

Oficializado por meio de decreto assinado pelo governador, o comitê pode propor políticas públicas, diretrizes, critérios e procedimentos para o controle da doença.

O colegiado é composto por representantes das secretarias de Agricultura e Abastecimento; de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística; da Casa Civil; da Fazenda e Planejamento; e de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Entre as atribuições do comitê, está a articulação entre o poder público e representantes das cadeias produtivas, visando disseminar práticas, tecnologias e ações de controle e prevenção da praga.

Retirada de mudas

Ainda na esteira das ações tomadas pelo governo paulista, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento intensificou as ações de combate ao comércio de mudas irregulares de citros. Nos dias 8 e 9 de novembro, foram retiradas de circulação 9 mil mudas de citros irregulares que estavam armazenadas em Herculândia, no oeste do Estado.

Na ocasião, foram feitas coletas de amostras para diagnóstico nas mudas, onde foi confirmada pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária a presença da bactéria Candidatus Liberibacter asiaticus, causadora do Greening. Foi identificada também a presença de Xanthomonas citri supbs. citri, bactéria que causa o Cancro Cítrico.

“As ações da Defesa Agropecuária são importantes para retirar esse tipo de material de circulação, mas é fundamental que a população entenda que adquirir mudas que foram produzidas sem acompanhamento fitossanitário coloca em risco toda a citricultura paulista”, afirma Marlon Peres da Silva, engenheiro agrônomo e diretor do Centro de Defesa Sanitária Vegetal (CDSV).

A legislação em vigor estabelece medidas de defesa sanitária vegetal para coibir o comércio ambulante de mudas em São Paulo em decorrência dos graves danos econômicos às lavouras e pomares comerciais que a prática ocasiona.

(Por Governo de São Paulo)

(Redação Sou Agro/Sou Agro)

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