Frutificação da macieira depende da presença de abelhas e polinização cruzada
A primavera é a época de polinização das macieiras e as abelhas são integrantes essenciais para que o processo ocorra. A maçã, assim como diversas culturas, depende desses insetos e de polinização cruzada para a alta frutificação efetiva e alta qualidade de frutos.
O pesquisador André Sezerino, da Estação Experimental da Epagri em Caçador, explica que o manejo da polinização deve ser feito de maneira adequada. “Esse manejo envolve diversas fases e a cada uma delas precisa de atenção. Desde a escolha das variedades, preparo da área de plantio, arranjo das plantas no pomar, tratos até chegar à época da floração e o manejo das abelhas” alerta.
Esta última parte é detalhada pelo pesquisador para que o resultado seja efetivo. O número recomendado é de pelo menos seis colmeias de abelhas com ferrão por hectare. “É necessária a introdução escalonada por conta da competição floral e porque as flores de maçã produzem pouco néctar. Essa introdução deve ser sequencialmente feita do início da floração até a metade plena dela. Essa introdução sequencial de abelhas permite o aumento significativo da frutificação efetiva nos pomares e macieiras, especialmente das variedades Gala e Fuji, na região serrana de Santa Catarina”, garante o especialista.
Atenção com a polinização cruzada
Outro fator que é preciso ser levado em conta no cultivo da macieira é a polinização cruzada. “Polinização cruzada é a transferência dos grãos de polén de uma variedade para a outra. No caso da maça é preciso planejar o plantio do pomar para que existam variedades diferentes próximas uma da outra. Por exemplo, se um grão de polén de fuji cair na flor da própria fuji, mesmo que em planta diferente, não vai haver a fecundação e essa flor não vai virar fruto. É preciso que isso ocorra com a variedade gala para obter êxito e vice-versa. É preciso ficar atendo a essa questão já no planejamento”, alerta André.
(Com Epagri)