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Começa primeira colheita de abóbora cabotiá com nova regra de exportação para Argentina

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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A região de Presidente Prudente, no oeste de São Paulo, começa neste mês a colheita da abóbora cabotiá que só poderá ser exportada para a Argentina pela nova regra firmada entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o país vizinho. A mudança implica principalmente na certificação dos produtos, que até então era feita na propriedade rural durante a colheita. Essas abóboras e outras cucurbitáceas (melão, pepino, melancia e etc) agora passam a ser certificadas nas áreas de fronteira, onde atua a Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro).

A alteração da regra está no plano de trabalho para exportação para a Argentina de cucurbitáceas produzidas no Brasil sob o Sistema de Mitigação de Risco (SMR) da mosca-sul-americana-das-cucurbitáceas, como é conhecida a Anastrepha grandis. Embora essa mosca seja considerada de importância secundária no Brasil, no país vizinho ela tem um status de importância quarentenária (praga, sem controle, pode causar impactos econômicos significativos na produção).

Armadilhas na lavoura de abóboras para capturar moscas – Foto: Carolina Reis/SFA-SP

Para que esses produtos brasileiros possam entrar na Argentina, os serviços de defesa agropecuária responsáveis por alguns municípios de São Paulo, da Bahia, de Goiás, Minas Gerais, do Paraná e do Rio Grande do Sul devem alterar os procedimentos operacionais e as medidas fitossanitárias com base nesse plano de trabalho.

No ano passado, a produção sob Sistema de Mitigação de Risco (SMR) no estado de São Paulo foi de 4.212 toneladas de abóbora e 600 toneladas de melancia, aproximadamente.

 

Acompanhamento

Para explicar as mudanças e supervisionar SMR naquela região, auditores fiscais da Superintendência Federal de Agricultura de São Paulo (SFA-SP) e servidores da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), ligada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado, estiveram em Indiana (SP) de 19 a 21 de julho.

Abóboras cabotiá da região oeste de São Paulo – Foto: Carolina Reis/SFA-SP

Eles se reuniram para alinhar os trabalhos, visitaram a casa de embalagem (local em que os frutos são beneficiados, classificados e embalados) e fizeram vistoria do campo para que a CDA pudesse realizar uma inspeção e corte das abóboras. “Para exportar, o produtor e a CDA têm que seguir os procedimentos do SMR descritos no Plano de trabalho e Instrução Normativa 16/2006. Nós aproveitamos essa vistoria para realizar a supervisão do SMR, ou seja, verificar se atenderam todos os requisitos para habilitar a propriedade para exportação naquela safra”, explicou Carolina de Araújo Reis, chefe do Serviço de Fiscalização de Insumos e Sanidade Vegetal da SFA-SP.

Segundo ela, as propriedades cadastradas no SMR devem monitorar a mosca-sul-americana-das-cucurbitáceas. Levantamentos fitossanitários devem ser feitos com uso de armadilhas que atraem os insetos. Toda semana o material capturado deve ser coletado e enviado para análise em laboratório credenciado pelo Mapa.

O grupo também visitou um dos laboratórios que atende os produtores locais, além de se reunir com responsáveis técnicos da região para esclarecer dúvidas em relação às mudanças previstas no plano de trabalho na produção de abóbora.

(Débora Damasceno/Sou Agro com fonte e fotos Mapa)

(Fotos: Embrapa)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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