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Amor incondicional: cachorrinha viaja mais de 50 km para visitar dono em hospital

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| Os cães são conhecidos como melhor amigo do homem e não é para menos, existem muitos motivos que deram a eles esse título. Uma das provas disso está na história que vamos contar hoje sobre uma cachorrinha que viajou quilômetros para ver seu dono doente.

O paciente Amarildo Carlos Ferreira, de 56 anos, está internado na Santa Casa de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, ele trata de uma cirrose hepática avançada, também é renal crônico dialítico e acumula outras internações do passado. O desejo do paciente foi rever sua cachorrinha e todo mundo se uniu para que isso fosse possível.

 

A Santa Casa de Campo Grande realizou uma ação que envolveu os Serviços de Geriatria e Cuidados Paliativos e a Comissão de Humanização do hospital, para que o encontro fosse possível.

A esposa manifestou que, como ele já era cadeirante há muito tempo, a cadelinha só ficava próxima dele em casa. Então, era muito importante esse reencontro”, explica a médica paliativista da Santa Casa, Fernanda Romeiro.

O pet, chamada de Lalá, também conhecida como “Lalinha” para os mais íntimos, veio diretamente de Bandeirantes, cidade em que mora a família, localizada a 58 km da Capital, especialmente para o reencontro. Ela chegou em Campo Grande, tomou um banho caprichado e aguardou para visitar o ‘amigo’ aqui no hospital.

 

O encontro da cachorrinha com o dono, aconteceu na Unidade de Terapia Intensiva Cardiovascular (UTI), leito onde Amarildo está internado. “Essa ação é importante porque conseguimos humanizar e individualizar o atendimento, levando em conta os pilares do cuidado paliativo, que é trazer qualidade de vida nos momentos que restam ao paciente”, ressalta Fernanda.

Se a gente não consegue devolver o paciente para o ambiente de casa, que poderia ser uma vontade dele, a gente tenta proporcionar um pedacinho disso aqui no hospital. Existe uma individualidade, você ver o seu pet que há anos é seu companheiro. Espero que essa ação abra portas para que a gente consiga fazer outras como essa”, complementa a médica paliativista.

 

De acordo com a supervisora médica do Serviço de Geriatria e Cuidados Paliativos, dra. Paskale Vargas, a Terapia Assistida por Animais (TAA), conhecida pelo mundo como Pet Terapia, é um tratamento auxiliar para diversos tipos de doenças, muito utilizado por, comprovadamente, promover o bem-estar e a saúde emocional, física, social e cognitiva em pacientes hospitalizados.

“A Pet Terapia é alternativa para tratar a ansiedade e depressão, a gente geralmente traz cachorros que são treinados para isso”, afirma a dra. Paskale Vargas. “A equipe proporcionou a humanização. A gente trouxe o cachorrinho do paciente, que é um serzinho que ele tem um vínculo, numa situação de fim de vida. É um paciente dialítico que foi solicitado a suspensão da diálise e está em processo ativo de morte. E o que a gente fez foi realizar um desejo de fim de vida”, finaliza a geriatra.

(Débora Damasceno/Sou Agro com Santa Casa de Campo Grande)

(Foto: Santa Casa de Campo Grande)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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