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Criação de abelhas sem ferrão tem conquistado produtores rurais; saiba o motivo

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| As abelhas sem ferrão estão conquistando muitos agricultores, os motivos? A adaptação a diferentes realidades e os resultados positivos. A criação dessas abelhas é conhecida como meliponicultura. Os meliponídeos são dóceis e de fácil manejo, além de ofertarem uma opção de renda aos produtores, contribuem com a polinização de plantas aproveitadas na alimentação humana. A criação racional de abelhas sem ferrão pode diversificar a renda na propriedade, sendo diversos os subprodutos, entre eles, o mel, o própolis, geoprópolis, pólen e cera, sendo possível multiplicar e comercializar colônias.

Segundo a Emater/RS-Ascar, na região de Santa Rosa no Rio Grande do Sul, por exemplo, é comum a presença de espécies como jataí, borá, canudo, iraí e as mirins emerin e negriceps, além de ter relatos de ocorrência natural de manduri. A jataí é uma abelha bastante rústica, com grande capacidade para fazer ninhos e sobreviver em diferentes ambientes, inclusive no ambiente urbano. Ela utiliza os mais variados locais para nidificação, a exemplo de tijolos, caixas de luz e ocos de árvores vivas quando em ambientes mais naturais ou arborizados.

A jataí é uma espécie conhecida por produzir um mel saboroso, suave e bastante procurado em função de suas propriedades terapêuticas, principalmente para infecções das vias aéreas superiores. Além do mel, a jataí produz própolis, cera e pólen de boa qualidade.

As abelhas da espécie borá possuem aspecto semelhante às jataís, porém são um pouco maiores e mais difíceis de ser encontradas. Também nidificam em ocos de árvores vivas, geralmente em altura acima de três metros. Seus ninhos armazenam bastante pólen e seu mel possui sabor peculiar, levemente salgado.

Outra espécie de abelha sem ferrão é a iraí, bastante mansa e de fácil manejo. Os ninhos são encontrados em ocos de árvores, paredes e moirões. Produzem um mel considerado bastante saboroso, no entanto, é produzido em pequena quantidade.

A mirim-guaçú é outra espécie que nidifica em ocos de árvores e sua entrada é feita com própolis escuro, cujo diâmetro geralmente permite a passagem de um indivíduo por vez. Apesar da produção do mel ser em pequena quantidade, é reconhecido pela sua excelente qualidade. Por outro lado, possui grande potencial para a produção de própolis.

As colmeias das abelhas canudo são bastante populosas, sendo que sua nidificação normalmente ocorre também em ocos de árvores. É uma espécie bastante produtiva, chegando cerca de dois quilos de mel por colmeia. Contribui com a polinização de cultivos como canola e girassol.

Preservar as abelhas sem ferrão é também aproveitar seus benefícios. O mel das abelhas sem ferrão pode ser utilizado como adoçante natural, em substituição ao açúcar. Tem alta qualidade nutricional e é rico em energia. Atua como sedativo, cicatrizante, digestivo, laxativo e expectorante.

(Débora Damasceno/Sou Agro com Emater/RS)

 

(Foto: reprodução internet)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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