#souagro| O aumento do preço das carnes no último mês foi apontado pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), como um novo recorde. Abril alcançou a marca dos 121,9 pontos, o que representa 2,23% em relação a março. Já comparando com mês de abril do ano passado, o aumento foi ainda maior de 16,84%, já somando os quatro primeiros meses deste ano esse crescimento foi de 9,81%.

A alta foi determinada pelas três carnes: bovina, suína e de frango. E foi o frango quem obteve a maior variação, com incremento de 4,79%, desempenho que, conforme a FAO, resultou, de um lado, de uma firme demanda e, do outro, de uma oferta global ajustada, reflexo não só das interrupções nas exportações por parte da Ucrânia, mas também dos surtos de Influenza Aviária no Hemisfério Norte.

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A carne suína, registrou aumento de 3,6% no mês. E embora neste ano venha obtendo avanço significativo, de 17,36% em relação ao valor de dezembro/21, já comparado ao mesmo mês do ano passado houve aumento de apenas 5,58%. Entre agosto do ano passado e janeiro de 2022 os preços caíram de forma contínua.

De toda forma, em abril foi registrada a melhor cotação em quase ano dois anos e meio (isto é, desde janeiro de 2020), registrando o terceiro mês consecutivo de recuperação, desempenho que – explica a FAO – se deve à continuada queda de oferta na Europa Ocidental e ao aumento da demanda interna nos maiores países produtores

A carne bovina, por fim, foi a que, contrastando com os resultados de meses anteriores, foi a que apresentou menor evolução de preços, menos de meio por cento em relação a março passado. A exemplo do frango, também acumula neste ano baixa evolução (+8,73%), mas valor alcançado em abril representou aumento de 25,5% sobre o mesmo mês do ano passado. Só não foi melhor – justifica a FAO – dados os altos volumes exportados pelo Brasil.

(Débora Damasceno/Sou Agro com Avisite)

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