CNC estima que até 20% no Café do Brasil foi afetado pela geada do dia 20

Amanda Guedes
Amanda Guedes

Uma semana após a geada que atingiu o parque cafeeiro no dia 20 de julho, o Conselho Nacional do Café (CNC) estima que até 20% da área de produção de café arábica foi atingida pelo evento climático. Acompanhado da ministra Tereza Cristina, Silas Brasileiro, presidente do CNC, esteve em Minas Gerais na semana passada para avaliar os impactos nas lavouras.

“Esse sobrevoo foi para uma avaliação prévia. Nós estamos procedendo estudos para que os nossos produtores possam ser atendidos”, comenta Silas em entrevista ao Notícias Agrícolas. Os próximos passos, de acordo com o presidente, são aguardar para ver a evolução da nova frente fria no parque cafeeiro nesta semana.

De acordo com o CNC, o foco será auxiliar principalmente o pequeno produtor, que corresponde a 78% das áreas atingidas. “Nós não temos recursos, não temos de forma nenhuma como obter recursos para atendimentos para todos, mas queremos atender esses 78% de pequenos produtoras com prioridade, isso é realmente uma meta porque eles não têm outra fonte de renda e sem dúvidas há um limite para os produtores maiores também. Creio que nós vamos atender todos, pequenos, médios e grandes, mas com essa preferência para esses 78%”, comenta.

Silas comenta que o setor também está trabalhando em um zoneamento de área de cultivo, lembrando que a última geada severa foi registrada em 1994. “Nós começamos a cultivar café nas beiradas de lagos, em terreno não próprio e nós achamos que não viria mais geada no Brasil. Nós vamos ter cuidado com essas áreas também porque não é justo você correr o risco e depois transferir essa responsabilidade para lideranças ou para o governo”, comenta.

A expectativa do produtor é que as medidas sejam tomadas rapidamente pelo Mapa. Questionado sobre a gravidade do problema, Silas ressaltou que as fotos divulgadas nas redes sociais chamam a atenção, mas que não representam uma área expressiva de produção. “Há muita especulação e por isso nós temos o sentimento de fazer tudo tecnicamente e precedido de um laudo que deverá ser um laudo oficial, relatando aquele sinistro naquela propriedade. Acho que assim nós estamos com responsabilidade aplicando aquele recurso que nós temos”, acrescenta.

FONTE: Notícias Agrícolas

 

(Amanda Guedes/Sou Agro)

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