Infestação de formigas cortadeiras é crítica

Sirlei Benetti
Sirlei Benetti

O secretário do Meio Ambiente de Cascavel, Ney Haveroth, afirmou em reunião do Comder (Conselho do Desenvolvimento Rural de Cascavel), realizada nesta semana, no Sindicato Rural de Cascavel, que a infestação de formigas cortadeiras no perímetro urbano do município é crítica. “Todo o entorno do Lago Municipal está tomado, inclusive com ninhos até na barragem”, comentou. Como solução, uma lei está sendo criada para obrigar o controle.

Em parceria com o vereador Soldado Jeferson, a minuta da lei foi apresentada e debatida entre os conselheiros durante a reunião. Alguns detalhes foram esmiuçados, como eventuais multas depois de feita a notificação (podendo chegar a mais de R$ 400 reais), período de recomendação entre outras.

Segundo Paulo Vallini, presidente do Comder e diretor secretário do Sindicato Rural de Cascavel, o problema é também preocupante na área rural. “A formiga cortadeira é uma praga silenciosa. É preciso fazer um trabalho conjunto, porque a capacidade de disseminação e o alcance delas é alta”, orientou.

Para Ney, é importante que o projeto de lei tramite com velocidade. “Precisamos de velocidade, porque a situação piora a cada dia. E logo começa uma nova revoada”, declarou.

As formigas

A reprodução, ou revoada, ocorre entre os meses de setembro e outubro, quando deve ser iniciado o manejo correto, estendido até abril ou maio.

Muitas vezes, o produtor rural ou o morador da cidade nem vê o estrago em andamento. Em frutíferas, a desfolha causa diversos problemas. Já nas hortaliças, a formiga causa uma perda muito grande, principalmente na fase de plantio. No entanto, o principal alvo são as pastagens, onde o dano pode chegar a duas cabeças de animal por hectare.

Os métodos de controle podem ser químicos, físicos ou alternativos. O mecânico consiste no uso de cones presos ao tronco das árvores para impedir o acesso das formigas, captura da rainha em formigueiros jovens, uso de água quente entre outros. No biológico ocorre o estímulo por inimigos naturais, como pássaros, fungos e outros. Já o químico, que é o mais eficiente, pode ser feito por polvilhamento, termonebulização e uso de iscas.

Fonte: Assessoria Sindicato Rural de Cascavel

Foto: Sou Agro

(Sirlei Benetti/Sou Agro)

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