avoua de trigo. Tibagi, 12/09/2019 Foto:Jaelson Lucas / AEN

Mais de 75% das sementes de trigo do Paraná já estão comercializadas

Sirlei Benetti
Sirlei Benetti
avoua de trigo. Tibagi, 12/09/2019 Foto:Jaelson Lucas / AEN

 

Produtores paranaenses de sementes de trigo já comercializaram mais de 75% do estoque reservado a safra do cereal em 2021. O Paraná tem estimativa de semear uma área de 1 milhão 142 mil hectares de trigo neste ano, o que corresponde a aumento de 2% em relação a 2020. Os dados são da Associação Paranaense dos Produtores de Sementes e Mudas – Apasem, com base em estudos internos junto a empresários do setor e análise de números divulgados pelo Departamento de Economia Rural (Deral) e Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Segundo a Apasem, o produtor sementeiro está atento as intensas movimentações do mercado do trigo nestes últimos tempos. Com isso, a procura pela semente deste cereal, que ocorre tradicionalmente no mês de março, em 2021, iniciou ainda primeiras semanas do mês de janeiro. “Isto já era indicativo de que o Paraná repetiria o bom desempenho visto nos dois últimos anos quando, somente nossos associados colheram mais de 4 milhões sacas, contendo cada uma 40 quilos de sementes”, aponta o diretor-executivo da Apasem, Jhony Möller.

Esses números continuam dando a dianteira ao Estado na produção de sementes e do grão do cereal em todo o Brasil. Dos mais de 11,8 milhões de toneladas de grãos necessárias para abastecer o mercado interno anualmente, 6,2 milhões de toneladas são produzidas no Brasil, dos quais o Paraná injeta 3,7 milhões de toneladas ou 50% de toda a produção do trigo interno. Outras 5 milhões de toneladas o País precisa importar de diferentes países.

 

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Normalmente a semeadura inicia em meados de maio, dependendo das condições climáticas de cada região. “Essa tendência deve se manter, uma vez que grande parte da comercialização da semente já ocorreu”, destaca Möller.

A tecnologia avançada disponível, tanto para sementes quanto para o manuseio da lavoura, bem como preços atrativos, está levando produtores a optarem pelo cultivo do trigo em 2021, visando atender ao déficit que o país ainda tem em relação ao consumo interno do cereal.

Para que ele possa ter um ponta pé inicial com qualidade em sua lavoura, o começo de tudo é a escolha de uma boa semente que lhe permita um alto potencial produtivo. “Aliado ao clima, solo e boas práticas de manejo esse produtor certamente terá resultados expressivos na lavoura e de certa forma garantia de que o grão terá aceitação no mercado interno”, avalia Jhony.

 

Reconhecimento nacional

O diretor da Apasem explica ainda que o Paraná é reconhecido nacionalmente por oferecer sementes de qualidade ao mercado. “De todas as empresas associadas a Apasem, 90% dedicam sua produção de sementes parcial e até total na produção voltada ao trigo. Um negócio que gera milhões a economia do Estado e feito por gestores e estruturas altamente qualificadas”, explica Moller.

Parte dessas sementes passam por análise nos laboratórios da Apasem em Ponta Grossa e Toledo, sendo que a região dos Campos Gerais produz a maioria do trigo paranaense. As amostras recebidas pela estrutura de Ponta Grossa nos últimos tempos apontaram que as sementes que estão chegando a safra de 2021 são de alta qualidade. “Podemos afirmar que 99% do trigo que estamos analisando apresenta resultado acima dos 80% de germinação, padrão mínimo exigido pela legislação para que se possa realizar a comercialização de sementes. Chama a atenção também o fato do vigor das sementes estarem bastante elevados”, explica a responsável técnica de Laboratório Apasem, Juliana Veiga. As primeiras amostras de trigo foram recebidas em novembro de 2020 e a finalização das análises ocorreram no final de fevereiro.

 

Fonte: Apasem

 

Foto: Jaelson Lucas/AEN

 

(Sirlei Benetti/Sou Agro)

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