Entenda como funciona a OIE, Organização Internacional de Epizootias

Sirlei Benetti
Sirlei Benetti

 

Na próxima quinta-feira (27), os olhos e ouvidos do setor produtivo paranaense estarão voltados para Paris, quando os membros da Organização Mundial de Saúde Animal – OIE, irão se reunir para analisar o pedido do Estado do Paraná da certificação internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação.

Devido à pandemia da Covid-19, o evento será acompanhado de forma virtual, através do canal da Assembleia da OIE. Os interessados devem acessar o site e fazer sua inscrição:

https://oiegeneralsession88.com/es/sessions?searchtext=&page=1.

O governo do Estado também transmitirá o evento pelo canal do Youtube pelo link

https://www.youtube.com/watch?v=CXsnzDC35z8.

 

A OIE (Office International des Epizooties, na sigla em inglês) que, em português, significa Escritório Internacional de Epizootias, é uma organização internacional de saúde animal, sediada em Paris, na Rue de Prony n°12, que tem 152 países membros. Foi fundada em 1924 por meio de um acordo internacional assinado por 28 países, sendo o Brasil um dos primeiros a participar.

Entre seus objetivos, está o de promover e coordenar pesquisas sobre doenças contagiosas dos animais de produção, por meio de colaboração internacional; recolher e divulgar informações sobre a propagação de doenças epizoóticas e meios de controlá-las; examinar propostas de acordos internacionais sobre medidas sanitárias para os animais e proporcionar meios de supervisionar sua implementação.

 

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A OIE realiza o registro e distribuição de informações sobre doenças que estão ocorrendo nos territórios dos países membros. É responsável pela publicação de informações científicas. Padronização dos métodos diagnósticos. Desenvolvimento de guias para o comércio baseado nos últimos conhecimentos científicos sobre as doenças. Indicar os melhores especialistas científicos para os países membros. Auxiliar em procedimentos imediatos para o controle de doenças. Avaliar a situação documentada de áreas dos países. Auxiliar a Organização Mundial de Comércio (OMC) sobre a validade científica das informações da saúde animal apresentada pelos países nas resoluções sobre disputas comerciais.

 

Reconhecimento internacional

Segundo o médico veterinário e analista da Gerência de Desenvolvimento Técnico da Ocepar, Alexandre Monteiro, “nos últimos anos, o Paraná vem galgando posições de destaque no mercado de produtos de origem animal devido ao melhoramento progressivo da situação sanitária do seu rebanho animal, além da inegável qualidade dos produtos exportados. Certamente a obtenção do reconhecimento internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação será uma grande vantagem competitiva para o agronegócio do Paraná e consequentemente para o desenvolvimento das cooperativas”, disse.

 

Abertura de mercados

Monteiro analisa que o principal ganho com a obtenção do status de área livre de aftosa sem vacinação é de mercado. “Tornar o estado área livre da doença sem vacinação, tem por objetivo alcançar mercados mais disputados e valiosos, um desafio que provocará uma transformação no setor produtivo paranaense como um todo. Esse status vai contribuir para o fornecimento de produtos de melhor qualidade para o mercado interno e facilitará o acesso a players internacionais que até o momento estão fechados para as nossas exportações. Essa possibilidade de novas oportunidades tem direcionado as cooperativas para o investimento em projetos futuros que vão fortalecer seus negócios e o agronegócio paranaense”, lembrou o especialista.

 

Fonte: Ocepar

(Sirlei Benetti/Sou Agro)

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