Alívio no campo: a chuva chegou!

Sirlei Benetti
Sirlei Benetti
https://youtu.be/otZlVMJlrtQ

 

#souagro |Finalmente ela chegou. Alívio no campo, a tão esperada chuva. Não como desejávamos, mas todo o pouco é muito neste momento tão imprescindível para a agricultura. O agrometeorologista Reginaldo Ferreira, também comemora: “Quem chuva boa e bem-vinda! Mesmo em volume pequeno, ela já faz uma diferença enorme”, comenta. Ele faz uma analogia interessante: Se esse montante hídrico pudesse fosse distribuído em todas as áreas de Cascavel, corresponderia a 15 milhões de metros cúbicos de água. “Se a prefeitura tivesse que arcar com o custo deste total, teria de desembolsar perto de R$ 100 milhões e se fosse distribuído entre a população, seriam 17 milímetros, totalizando R$ 300 de desembolso para cada habitante”, informa. “Mas nós recebemos ela gratuitamente dos céus”.

A chuva também tem uma função importante, a de limpar o ar atmosférico, possibilitando a absorção deste nutriente para o solo. “O ar atmosférico carrega 78% de nitrogênio e cada vez que chove, é possível perceber os reflexos nas plantas, que ficam mais verdes e recebem esse adubo de graça”, destaca o agrometeorologista.

 

Confira a entrevista com o agrometeorologista Reginaldo Ferreira, ao Sou Agro:

 

Essa quantidade de água registada pode até parecer pouca, mas no acumulado do mês, de 15, 16 milímetros, é favorável, principalmente para quem plantou o milho um pouco mais tarde. “Para a próxima semana, há possibilidade de novas precipitações pluviométricas, mas é bem remota. Agora, para os cinco últimos dias deste mês, tempos a possibilidade de um volume maior, pelo menos é a fotografia atual dos órgãos meteorológicos”.

Reginaldo Ferreira descarta a possibilidade de geada para o fim do mês, mas as temperaturas devem cair um pouco mais, principalmente por conta da proximidade da estação mais fria do ano, o inverno. A Simepar é uma das fontes sempre acionadas para traçar uma previsão do clima.

 

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DECISÃO SOBRE O TRIGO

Para quem precisa plantar trigo, se depara com um momento de decisão, segundo o agrometeorologista. “Com o solo ficando mais úmido, dá mais coragem e alguns já semearam acreditando que essa umidade pode melhorar um pouco mais no fim do mês”. Ele explica que quando o céu está chuvoso, nublado, a evopotranspiração é menor, perdendo menos água para a atmosfera, dando tempo de as plantas se recuperarem.

(Vandré Dubiela)

 

Foto: José Fernando Ogura/AEN

(Sirlei Benetti/Sou Agro)

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