Negócios arrastados no mercado interno pressionam cotações do suíno

Sirlei Benetti
Sirlei Benetti

 

A suinocultura brasileira apresentou um ambiente de negócios bastante arrastado ao longo da semana, segundo a avaliação do analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia.

Ele explica que os frigoríficos se mostraram cautelosos na compra de animais, alegando que o escoamento da carne está lento e com uma perspectiva negativa para o curto prazo devido as medidas restritivas de mobilidade social vigentes em vários estados. Além disso, a descapitalização das famílias se mostra presente e tende a continuar pesando nas próximas semanas. “Esses fatores acabaram sendo determinantes para um declínio nos preços do quilo vivo do suíno bem como nos cortes de carcaça e de pernil vendidos no atacado”, analisa.

Maia ressalta ainda que produtor está preocupado com a pouca força de baganha para o quilo vivo, uma vez que o custo de produção permanece com uma tendência de alta. “O milho, um dos principais componentes desta conta, sofre com restrição de oferta, com produtores focados na colheita da soja e sua logística”, sinaliza.

Levantamento semanal de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil baixou 5,88%, de R$ 6,65 para R$ 6,26. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado caiu 0,53%, de R$ 12,21 para R$ 12,14. A carcaça registrou um valor médio de R$ 9,64, perda de 0,64% frente ao fechamento da semana passada, quando era cotada a R$ 9,70.

O alento, por outro lado, está no bom desempenho dos embarques no começo de março. As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 52,586 milhões em março (5 dias úteis), com média diária de US$ 10,517 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 21,135 mil toneladas, com média diária de 4,227 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.488,00.

Em relação a março de 2020, houve alta de 48,39% no valor médio diário da exportação, ganho de 46,92% na quantidade média diária exportada e valorização de 1,00% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo baixou de R$ 143,00 para R$ 128,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo caiu de R$ 5,90 para R$ 5,80. No interior do estado a cotação mudou de R$ 7,15 para R$ 6,50.

Em Santa Catarina o preço do quilo na integração retrocedeu de R$ 6,00 para R$ 5,95. No interior catarinense, a cotação recuou de R$ 7,10 para R$ 6,60. No Paraná o quilo vivo teve queda de R$ 7,25 para R$ 6,75 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo teve retração de R$ 6,00 para R$ 5,85.

No Mato Grosso do Sul a cotação em Campo Grande mudou de R$ 6,40 para R$ 5,75, enquanto na integração o preço caiu de R$ 5,80 para R$ 5,70. Em Goiânia, o preço baixou de R$ 7,10 para R$ 6,40. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno retrocedeu de R$ 7,00 para R$ 6,50. No mercado independente mineiro, o preço passou de R$ 7,10 para R$ 6,50. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis caiu de R$ 5,95 para R$ 5,75. Já na integração do estado o quilo vivo passou de R$ 5,90 para R$ 5,70.

Fonte: Agência SAFRAS

(Sirlei Benetti/Sou Agro)

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