Goiás lidera produção de sorgo no Brasil, com 1,3 milhão de toneladas

Sirlei Benetti
Sirlei Benetti

 

Metade do total de 2,6 milhões de toneladas de sorgo da produção estimada no País para a safra 2020/2021 devem sair de Goiás. O total de 1,3 milhão de toneladas estimado no Estado deve manter Goiás como maior produtor nacional do grão, conforme destaca a edição de março do Boletim Informativo Agro em Dados, da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

Segundo os dados analisados, é esperado acréscimo da produção de 17,5% em relação à safra anterior, em uma área plantada de 374,9 mil hectares e esse aumento se dá em razão da melhoria da produtividade, que hoje está estimada em 3,4 toneladas por hectare. Com isso, também, o sorgo deve bater mais um recorde na média histórica de produção, superando o recorde anterior que era da safra 2010/2011.

Os municípios que mais se destacam na produção de sorgo são Paraúna, que aparece em primeiro lugar no ranking estadual, seguida por Rio Verde, Acreúna, Goiatuba e Catalão. Os dados analisados pela Seapa, incluem indicadores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Ministério da Economia.

De acordo com o boletim, o sorgo se configura como uma opção de cultivo na segunda safra, para cobertura do solo, produção de silagem e grãos. Contam a seu favor fatores como ampla adaptação às condições climáticas, baixa demanda hídrica, tolerância à presença de alumínio em solos ácidos, cultivo mecanizado, demanda por alternativas na formulação de rações para animais e, principalmente, o baixo custo de produção.

Conforme observa o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, Goiás sempre foi destaque na produção do sorgo, que aparece como uma boa alternativa aos produtores nesse momento. “Vemos o crescimento da produção de sorgo no nosso Estado, ao mesmo tempo em que o mercado aponta para um aumento na demanda, sobretudo no caso da alimentação animal”, avalia. “O sorgo pode ser substitutivo de vários cereais que compõem as rações e hoje estão em um patamar de preço mais elevado, como o milho. Com isso, pode ser interessante para o produtor de sorgo observar essa dinâmica do mercado”.

 

Outros dados
O Boletim Agro em Dados de março destaca, ainda, as principais produções agrícolas e pecuárias do Estado, incluindo bovinocultura, suinocultura, avicultura, leite, soja e milho. Mostra também dados do trabalho desenvolvido pela Emater, Agrodefesa e Ceasa. As informações partem da assessoria de imprensa da Seapa.

Fonte/foto: Agência SAFRAS

(Sirlei Benetti/Sou Agro)

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