Abates de aves da CopacolCrédito: Divulgação

Copacol: 2 bilhões de aves abatidas

Sirlei Benetti
Sirlei Benetti
Abates de aves da CopacolCrédito: Divulgação

Com a missão de desenvolver ações de cooperação do agronegócio, buscando a excelência dos produtos e serviços, a Copacol (Cooperativa Agroindustrial Consolata) atingiu uma marca histórica em uma de suas mais importantes atividades: 2 bilhões de aves abatidas na primeira Unidade Industrial, em Cafelândia, Oeste do Paraná.

O volume acumulado em praticamente 39 anos do início das operações da estrutura industrial demonstra o crescimento contínuo da avicultura na Cooperativa, que hoje representa 60,29% da participação do faturamento bruto, e ano passado totalizou R$ 5,6 bilhões. Com 6,2 mil cooperados em diversas atividades, 788 são avicultores, que mantém em pleno funcionamento 1.258 aviários.

Considerada uma das proteínas mais ricas, a carne de frango tem grande preferência dos brasileiros, que consomem em média 43 quilos do produto ao ano, conforme a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal). Com o total produzido na Unidade Industrial de Cafelândia desde a inauguração em 1982, que equivale a 5 milhões de toneladas de carne de frango in natura, seria possível atender a 55% da demanda nacional durante um ano.

O lote de aves dessa marca histórica veio da propriedade do seu Orisvaldo Cadamuro, que é de Formosa do Oeste. O pai dele, Bento Cadamuro, iniciou a avicultura no sítio da família, em 1982. Hoje são três aviários, que ele cuida com a ajuda da esposa e do filho. “Construímos aviários novos e temos 90 mil aves alojadas agora. Lutamos bastante e temos bons resultados graças a assistência técnica e a Copacol”.

 

OPORTUNIDADES

Além de intensa produtividade para alimentar o Brasil e mais de 70 países ao redor do mundo, a Unidade Industrial garante emprego e renda diretamente para 4.137 colaboradores. Antônio Patrocínio, 52, está na Cooperativa há 35 anos e acompanhou todo o desenvolvimento da avicultura ao longo das décadas. Da pendura viva de aves, ele passou a supervisor de produção. A contratação foi a oportunidade de mudança de vida. “Só tinha a lavoura para trabalhar. A Cooperativa criou chances para gente ir mais longe. Em dois anos já fui promovido, trabalhando em setores diferentes, o que me proporcionou conhecer um pouco de tudo”.

 

REVITALIZAÇÃO

A Unidade Industrial de Cafelândia vem passando por uma ampla modernização. A primeira fase finalizada em setembro do ano passado custou R$ 70 milhões, visando aumento da produção e bem-estar dos colaboradores. O novo espaço nas linhas de inspeção e cortes priorizou a ergonomia e a segurança dos colaboradores, facilitando a higienização do ambiente. Além de nova iluminação, o sistema de ventilação passou a contar com insuflação de ar frio e exaustão de ar quente. “Durante esses anos de avicultura a Unidade Industrial cresceu e buscou se adequar as exigências do Ministério da Agricultura. Em 2021 chegamos aos 39 anos focando em bem-estar e segurança dos colaboradores. Evoluímos muito para aumentar nossa produtividade e dar melhores condições ergonômicas aos colaboradores”, afirma o gerente da Unidade Industrial de Aves, Tomaz Kimura Júnior. Ainda estão previstas modificações das áreas da sala de cortes, dos processados e do congelamento, com previsão orçamentária de R$ 170 milhões.

 

PIONEIRA EM AVICULTURA

A Copacol foi a primeira cooperativa a implantar o sistema integrado de avicultura no oeste paranaense. A atividade veio como uma oportunidade para a diversificação, após uma estiagem intensa que afetou 70% da produção de grãos na região em 1978. O funcionamento da unidade industrial que agora chega a marca de 2 bilhões de aves abatidas começou em 5 de maio de 1982. Os primeiros aviários comportavam entre 5 mil e 12,5 mil aves. O abate diário na fase inicial era de 6 mil aves (totalizando 2,1 milhões no ano) – hoje são 320 mil (total de 96,6 milhões ao ano). “A atividade trouxe oportunidade ao cooperado, gerou emprego e renda, proporcionando riquezas para toda a região. Tivemos o crescimento da Cooperativa para entrada de mais cooperados, com a diversificação e verticalização da produção, o que proporcionou melhores condições de vida para todas as cidades ao redor”, enaltece o diretor presidente, Valter Pitol, que participou de todo o processo de implantação da indústria, como um dos primeiros engenheiros agrônomos da Cooperativa.

(Sirlei Benetti/Sou Agro)

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